quinta-feira, 30 de julho de 2009

O Ipê à beira da Estrada

Não quero perder a capacidade de admirar as belezas do mundo. O ipê florido à beira da estrada é um imperativo que reconheço bíblico. Nele há uma fala de Deus me pedindo calma. A sacralidade da vida ganhou voz em estruturas singelas, e solicita que eu me proste.
É santo o que os meus olhos enxergam. A cor amarela encontra moldura no azul dos contornos do céu. Ao longe, o verde completa o quadro. Paira sobre a cena um mistério raro, como se houvesse uma névoa a me recordar que a raridade da beleza é uma epfania divina.
O meu desejo é deixar de seguir o caminho que me leva ao meu destino. Impossibilitado da parada, ouso diminuir a marcha. Quero a cena dentro de mim. Ouso rezar a Deus que me permita registrar na memória a beleza que não posso aprisionar.
Olho para os que passam. A velocidade dos carros não permite que os seus ocupantes vejam o que vejo. Eles estão privados da mística que só pode ser compreendida quando os passos perdem a pressa. Estão ocupados demais com suas urgências práticas. É preciso chegar. Há muitas iniciativas a serem tomadas e o tempo não pode ser perdido.
Enquanto isso, o ipê se ocupa de sua florada amarela. Cumpre no tempo a proeza de ser um sentido oculto e deslumbrante para os distraídos que o percebem.
Nele há uma pequena parte da beleza do mundo que tive a graça de descobrir. E só por isso diminuí o ritmo da minha vida.
Olhei com calma para sua beleza e nele percebi o sorriso do Criador. Sorriso de Pai, que vez em quando, faz questão que seus filhos diminuam suas velocidades para uma breve brincadeira redentora.
Eu aceitei. Brinquei com Ele. Fiquei mais feliz!
Pe. Fabio de Melo

quarta-feira, 29 de julho de 2009

A CRUZ

Ei-la, no alto, recortada contra o horizonte imenso!
Espectro da morte, instrumento de dor e de martírio.
De seus braços pende inerte um precioso fardo,
Expira um DEUS que, à humana condição, se fez.
E treme a Terra num frêmito medonho
As trevas envolvem todo o Mundo por um momento.Logo porém, a Luz se faz e exulta a humanidade.
Jesus ressuscitou glorioso, cumpriu-se a Redenção.
E, no alto, recortada contra o horizonte imenso,Está, agora, a Cruz, gloriosa e altaneira.Insígnia do Cristo, símbolo de Fé e de Salvação,Projetando sua sombra sobre o Orbe inteiro.?
Maith

A CRUZ


A cruz nossa de cada dia...
Não precisa ser pedida,
não precisa ser buscada,
Ela vem. Ela se intala.
Faz sofrer. Faz morrer.
Inadiável. Inexorável.


A cruz nossa de cada dia...

Faz pensar, buscar sentido.
Expande a consciência,
conduz ao crescimento.
Faz viver.

A cruz nossa de cada dia...
Fonte de VIDA e de RESSURREIÇÃO
" Todos carregamos alguma cruz ou nas costas ou no coração. E toda cruz, por menor que seja, é onerosa. Ela pode ser vivida como tribulação ou libertação. Depende como a encaramos e a assumimos".

terça-feira, 21 de julho de 2009

A MORTE


A morte chega!...
Morrer, dormir, não mais.




Termina a vida
Ela vem, vida não traz



Vem rápida e veloz
Nós deixa sem paz




Nessa hora vida se faz
Quando se diz fria, fazer da vida
um CANTO MESMO SEM MELODIA.

A FOME


Fome se vê, se tem
Mas não se sabe de onde ela vem

Fome vem e vai
Mas, não se sabe para onde.


Ela chega vem de longe
Não se vende, vem de trem
E de graça todos as têm
O consumo nela se detém


Ó fome de onde vens
Vem de dentro, vem a cem



Sem querer te encontrei
Na face de quem te tem

Amar talvez seja isso... Descobrir o que o outro fala mesmo quando ele não diz.

Minha foto
PEDRA INDAIÁ-MG, MINAS GERAIS, Brazil
"Cada dia é preciso realizar um pouco mais do que se deve." (Frei Anselmo) Essa página e para partilharmos poemas, fotos, histórias e lembranças. As histórias e lembranças aqui postadas nos mostra que dia após dia, hora após hora, minuto após minuto estamos escrevendo a nossa história. Escrevemos nossa história no coração das pessoas com as quais nos relacionamos, com as pessoas da nossa família, da vizinhança, com as pessoas amigas e companheiras de caminhada. Escrevemos nossa história nos lugares onde vivemos. Deixamos nossas marcas nas árvores que plantamos, nas casas onde estivemos, ali fica registrada a nossa história. De uma maneira ou de outra, sabemos que nossa história fica escrita. Mas fica uma questão: que tipo de história estamos escrevendo? Meu desejo aqui e escrever uma historia bonita. “uma história que ajude os outros a escrever a própria história.” Guilherme Santos

Seguidores