sábado, 31 de agosto de 2013

Flores na Janela...

As flores desta janela
ofereceram-mas com carinho
desde o cacto à rosa bela
todos rego com jeitinho.

Para me alegrar a vista
e a dos que passam na rua
como a paleta do artistaa
pintar a tela nua

estas flores ainda cheiram
ao perfume das tuas mãos
e todos dela se abeiram
e perguntam que flores são

São as flores da amizade
respondo todo contente
mas sinto tanta saudade,
sinto a tua falta, de repente...

 Ivamarle

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Cada vida não vivida é uma história esquecida...


"Podemos acreditar que tudo que a vida nos oferecerá no futuro é repetir o que fizemos ontem e hoje.
 Mas, se prestarmos atenção, vamos nos dar conta de que nenhum dia é igual a outro.
 Cada manhã traz uma bênção escondida; uma bênção que só serve para esse dia e que não se pode guardar nem desaproveitar.
Se não usamos este milagre hoje, ele vai se perder.
Este milagre está nos detalhes do cotidiano; é preciso viver cada minuto porque ali encontramos a saída de nossas confusões, a alegria de nossos bons momentos, a pista correta para a decisão que tomaremos.
Nunca podemos deixar que cada dia pareça igual ao anterior porque todos os dias são diferentes, porque estamos em constante processo de mudança".

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

FLor com espinhos...



espinhos
de flores
carinhos
de dores

espinhos
de dores
carinhos
de flores

malditos
benditos
carinhos

benditos
malditos
espinhos

terça-feira, 27 de agosto de 2013

NO RINGUE DA VIDA...

Eu sei que tem gente que vive, considerando a vida, um grande passeio. Visita lugares, pessoas, e só permanece, enquanto tudo parece estar bem.
Eu sei que tem gente que vive, considerando a vida, um palco. Vai, da tragédia à comédia, num só ato, e, quando não há holofotes, nem aplausos, chora Shakespeare.
Eu sei que tem gente que vive, considerando a vida, um “Indiana Jones” modernizado. Busca os caminhos mais difíceis, e recusa o que faz bem.
Eu sei que tem gente que vive, considerando a vida, um picadeiro. Torna-se palhaço de pequenos e variados públicos, fazendo piadas de todos, sem nunca ter um só alguém no camarim.
Eu sei que tem gente que vive, considerando a vida, um grande suplício. Acorda, e permanece sem dormir, de mau humor, destilando azedume, por onde passa, com quem convive.
Eu sei que tem gente que vive, considerando a vida, um grande aprendizado. Concentra o olhar em tudo que pode apreender e aprender, chegando irritar as pessoas próximas.
Eu sei que tem gente que vive, considerando a vida, uma novela. Passa a vida inteira, achando que pode começar, terminar, recomeçar, o que quer, quando quer, independente do outro, dos outros.
Eu sei que tem gente que vive, considerando a vida, um cemitério de “pobres vítimas da natureza”. Por isso, nada faz – não acerta, nem erra -, e ainda reclama da vida que tem (“Ó vida! Ó céus!”).
Eu sei que tem gente que vive, considerando a vida, um termo conhecidíssimo: “soy contra”. Não importa contra o quê, ou quem – sente necessidade de discordar, sempre, mesmo sem argumentação.
Eu sei que tem gente que vive, considerando a vida, uma grande fuga de si mesmo. No começo, se embriaga, se droga, e, depois, já não precisa mais de estímulos externos: foge sozinho.
Eu sei que tem gente que vive assim, e de todo jeito. Mas não é sobre essa gente que quero escrever – eu, que me sinto no direito de escrever sobre o que penso, pois também faço parte dessa gente.
O que quero escrever, agora, é que eu sei também que tem gente que vive, considerando a vida, um grande ringue. Feito eu, você também deve conhecer várias pessoas que, “a troco de nada”, saem na porrada – física, ou verbal. Enquanto a criatura 'desabafa', o alvo silencia, tentando descobrir os motivos da violência toda. Motivos - sempre há, para todo tipo de interpretação. E o que, antes, era ambiente de convívio, torna-se um ringue – a casa foi atingida por um raio fulminante, e não há o que salvar, para onde correr.
Como diz um amigo, “nem vou entrar, aqui, no metro da questã”. Já não me importam os motivos que levam alguém a tornar a vida, um constante ringue. O que eu estranho é que nunca vejo quem está habituado a bater lutando com quem está habituado a bater também. O que observo é alguém agredindo – física, ou verbalmente, ou “ambas as duas” coisas – alguém que, quase sempre, não revida (pode ser que, infelizmente, esteja habituado a apanhar). São zonas de conforto diferentes – parece. Se ambos lutassem (espancassem), no ringue da vida, criado de um momento para outro, talvez, “do caos, surgissem as estrelas” (né, Nietzsche?). Realmente, não sei. Tanto quanto posso, fujo desses embates – profissional, e, mais ainda, pessoalmente. Não temo só o outro – temo a mim mesma, que, em momento de desequilíbrio, desconheço o pior de mim.
Mas é preciso que estejamos – todos – preparados para o ringue da vida, “a qualquer momento, em edição extraordinária”. Se não criamos, participamos da luta do ringue (sem recebermos convite prévio), e não há como fugir do olhar fulminado pelo ódio do outro. Fazer o quê? Não sei – realmente, não sei, não sei tanto, que nem sei o que pensar, para saber menos ainda. É bom sabermos, isso sim, que qualquer coisa que dissermos, manifestarmos, será usada, com toda certeza, contra nós – às vezes, o choro causa mais porrada.
Ainda assim, eu não enxergo, no ringue, o cruel torturador e a pobre vítima indefesa. Na minha visão estrábica, são dois seres humanos que fazem, a cada respiração, escolhas de vida.
 Lembro de frases que li, há muito tempo, sem guardar autoria: “Pessoas feridas ferem pessoas. Cada um dá o que tem. Você faz suas escolhas, e suas escolhas fazem você”. 
E só.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

QUEBRE-SE...



“Às vezes nascem flores dentro de mim. Muitas delas, planta, flor, de todas as cores, de todos os jeitos, de todas as formas. 
As pessoas olham e dizem “Deus é realmente muito sabido, muito criativo, muito cheio de ideias e sensibilidades”. 
Eu fico bonito, as pessoas admiram.
Às vezes outras coisas acumulam-se dentro de mim. 

Uns restos de moeda, umas bugigangas, umas bagunças, umas tampas de canetas perdidas, chaves que uso muito pouco, recados antigos.
Tem vezes que eu fico no centro da mesa. 

Visível ou não, como adorno pra qualquer hora, enfeite para a sala onde as pessoas se reúnem, enfeite para o jantar, enfeite para a festa. 
Fico exposto e pouco admirado, pouco lembrado.
Já quiseram me leiloar, colocando dentro de mim a falsa idéia de que poderiam me comprar a qualquer preço. Já me fizeram pensar que com o tempo eu valeria mais, e que ser sempre o mesmo, sempre igual, me faria mais feliz e me deixaria mais seguro. Já tentaram me limpar e a poeira voltou. Ela sempre volta, ela sempre repousa sobre mim. E claro, já me embrulharam milhões de vezes e colocaram um adesivo escrito “frágil”.
Em todas essas experiências, eu nunca fui eu.
Eu só fui Vaso quando me quebrei. Caco por caco, despencando de mesas, despencando de prateleiras altas. Sem medo, sem polidez, sem o pó religioso que quer me manter intacto. Vasos foram feitos para se quebrar. Vasos foram feitos de barro e barro foi feito pra alguém moldar.
Deus compara pessoas com vasos. Deus sabe que somos vazios. Deus tem conteúdo pra tudo. Não esqueça isso.
E que os cacos se quebrem e se espalhem por não conseguirem conter tanta grandeza, tanta novidade, tanta palavra boa. Deus é incontido, é grande demais para pequenos potinhos, caixinhas antigas, gavetas emperradas, cofres travados. E todos nós somos Vasos a beira de uma queda maravilhosa. Quem pode medir o amor de um coração que se quebra? Quem pode medir a capacidade de se espalhar quando os cacos estão no ar?

Pra você que anda lascado, remendado, colou com superbonder e ficou feio: suas feridas sararão com um remédio que você não conhece. O antídoto do medo é a liberdade. O contrário da dor não é só a cura, mas é abrir-se para ela. Ouça o barulho do barro no chão, ouça alguma coisa ferindo o silêncio, porque o seu silêncio só manteve vazios, e essa não é exatamente a melhor forma de levar a vida, quando sabemos que ainda há espaço para mais.
Quebre-se. Se o vaso não funciona, quebre e deixe o artista fazer outro. De uma vez por todas, ou por milhões de vezes. Não tenha medo de se quebrar para ser melhor.
Seu conteúdo transbordará de um jeito que você ainda não sabe como, mas não precisa saber, porque você é Vaso. Você recebe e fornece. Você precisa sentir a água enchendo, e depois a água ultrapassando as bordas e os limites. E às vezes você precisa quebrar-se inteiro, para ser refeito e perder a água velha, os restos. Você foi feito para viver cheio, ainda que para isso, você tenha que esvaziar-se, quebrar-se.
Quem já foi refeito sabe. E só quem modelou tudo, é capaz de dizer a verdadeira utilidade para isso tudo.
E isso tudo, é você.”

Luciana Elaiuy.

sábado, 24 de agosto de 2013

ESPERANÇA...

“... Nós nos esquecemos de como esperar; este é um espaço quase abandonado.
 No entanto, ser capaz de esperar pelo momento certo é nosso maior tesouro. 
A existência inteira espera pelo momento certo. 
Até as árvores sabem disso - qual é o momento de florescer, e o de deixar que as folhas caiam, e de se erguerem nuas ao céu. 
Também nessa nudez elas são belas, esperando pela nova folhagem com grande confiança de que as folhas velhas tenham caído, e de que as folhas novas logo estarão chegando. 
E as folhas novas começarão a crescer. 
 Nós nos esquecemos de como é esperar: queremos tudo com pressa. 
 Trata-se de uma grande perda para a humanidade... 
Em silêncio e à espera, alguma coisa dentro de você vai crescendo - o seu autêntico ser. 
Um dia ele salta e se transforma numa labareda, e a sua personalidade inteira é estilhaçada: você é um novo homem. E esse novo homem conhece os sumos eternos da vida..."


Osho

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Atitude é tudo...



"... Mais do que na força das palavras, eu acredito no poder das atitudes. 
Na grandeza dos gestos. Nas sutilezas das ações. 
Guarde seus dizeres para utilizá-los depois que fizer.
 Eles serão apenas um complemento. 
Palavras quando não andam sincronizadas com nossos pés, não chegam a lugar algum. 
Não dizem absolutamente nada. 
É na coerência das ações que a gente se encontra e o outro nos reconhece..."
  
Fernanda Gaona

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Abençoados os que possuem amigos.



Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
 Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
 Amigo a gente sente!
Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!
Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!
Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade. Porque amigo é a direção.
 Amigo é a base quando falta o chão!
Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
 Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho.
 Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!

Machado de Assis


Amar talvez seja isso... Descobrir o que o outro fala mesmo quando ele não diz.

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MINAS, Brazil
"Compreendi que VIVER é ser LIVRE... Que ter amigos é necessário... Que lutar é manter-se vivo. Apreendi que O TEMPO CURA... Que MAGOA PASSA... Que DECEPÇÃO NÃO MATA. Que hoje é reflexo de ontem... Que os VERDADEIROS amigos permanecem... Que os FALSOS, graças a Deus VÃO EMBORA... Que DOR FORTALECE. Aprendi que sonhar NÃO é fantasiar... Que a beleza não está no que vemos, e sim no que sentimos. Que o segredo da vida é VIVER."

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