domingo, 31 de julho de 2011

Presente...

Qual é o presente que você gostaria de dar a si mesmo?

Há primeiro instante, parece impossível e desnecessário dar a si, um simples presente. Por quê?

Simples presente...


Simples é deixar de olhar para si.
Simples é olhar para o outro.
Simples é ser simplista na sinceridade consigo mesmo.
Simples é limitar o olhar para si
Simples é desvalorizar os seus valores
Simples é dizer não a si e sim para o outro.
Simples é interromper seu êxtase
Simples é não terminar seus projetos
Simples é desistir de seus sonhos

Simples, simples... Por que é tão simples desistirmos de nós mesmos?

O presente que você e eu necessitamos, será mais claro se debruçarmos sobre alguns exercícios:

- Acreditar no que você mesmo não quer acreditar.
Acreditar que você é capaz sim de fazer tudo que você mesmo diz que você não é capaz.
Como dizer a si mesmo que és incapaz de algo que nem tentou?

- Ser sincero com você mesmo. Dizer para você o mesmo que você diz a uma pessoa íntima.Devemos ser íntimos de nós mesmos, nos conhecendo e enfrentando com SINCERIDADE a nossa H U M A N I D A D E.

- Nunca limitar as lindas virtudes que você tem dentro de você.
Devemos ser sedentos e pesquisadores de nós mesmos.
Assim como um cientista que faz uma descoberta fascinante e a tem com um lindo carinho e amor.
Deve ser nós quando encontramos um dom, uma virtude, uma jóia em nossa existência.

Acreditando, dialogando com sinceridade e abrindo seus cárceres QUADRANTES de sua existência. são um dos presentes que você (diz o seu nome...................) tanto deseja em ganhar, descobrir e ter.

SEJA VOCÊ UM ARTISTA DE SUA HISTÓRIA!

Sharlys Jardim

sábado, 30 de julho de 2011

Lágrimas...

Cristalinas, transparentes, azuladas
Significativas, fortes, solitárias,
Tristes, descobertas, fardadas,
Misteriosas, simples, desabadas.
Silenciosas, prudentes, escorridas,
Cachoeiras, chuvas, pingadas,
Temporais, atemporais, verbalizadas
Momentâneas, descontroladas, loucas,
Festejadas, peneiradas, escondidas,
Arrancadas, ignoradas, transpassadas,
Cultivadas, criadas, ressuscitadas,
Vindas em festas, em gargalhadas,
Vindas em dores, em despedidas,
Vindas em êxtases, desentendidas,
Vindas em teatro, novelas, forçadas,
Vindas como sentimentos, sem nada,
Ricas com sua cor, pureza e temporada,
Riscando rostos, olhos como flechadas,
Lagrimas, as lágrimas, lagrimadas.
Lágrimas, lágrimas, lágrimas...
Amor, felicidade, dor, REPRESENTADAS!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Líderes verdadeiros...

Do que são formados os líderes ? São pessoas atípicas ? São pessoas de outro mundo ? São pessoas exclusivas com características inatas ? Liderança é uma coisa que se pode aprender, ou é uma coisa para poucos seres mortais ? Depende do ponto de vista.

Liderança é a arte e ciência de liderar pessoas, que se transformam em seguidoras fiéis aos seus líderes. A liderança pode ser uma arte pois inspira as pessoas a fazerem coisas úteis para os outros e a si mesmas, ela pode mover montanhas tanto para coisas boas quanto para coisas ruins. A liderança pode ser claramente aprendida e conquistada com muita fé e dedicação, e uma grande dose de autoconfiança. Porém algumas características como maturidade, amor ao próximo, caráter entre outras, não se pode comprar em qualquer esquina.

A liderança pode ser uma coisa para poucas pessoas sim, no sentido de que só é um verdadeiro líder aquele que consegue seguir o seu coração, aquele que tem maturidade suficiente para conseguir se colocar no lugar do outro e perceber que a vida não é apenas o seu mundo, aquele que consegue captar no outro através de um gesto, uma palavra, entender os seus medos e conseguir encorajá-lo para enfrentar de frente os obstáculos da vida. Ele consegue diminuir as inseguranças de sua equipe, e mostrar à ela que seus grandes medos não são tão grandes assim como pensam. Um líder verdadeiro motiva seus liderados para que façam o que tem de ser feito.

Neste sentido, liderança é para poucas pessoas, pois poucos são capazes de ter amor ao seus liderados, e ser um líder é diferente de ser um chefe, pois um líder se da o exemplo e faz com que seus liderados o sigam por livre escolha, o líder não impõe as suas vontades como os maus chefes que pipocam por aí.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Amor, Sexo ou Dinheiro: O Que é mais Importante?

AMOR! O mais nobre de todos os sentimentos. A possibilidade de amar é natural em todos. É como a respiração: natural e fundamental. Sem amor a vida não tem um sentido claro; a depressão aloja-se facilmente; perdemos amigos e companheiros. A prática de amar leva-nos muito próximo a Deus. Tornando-nos pessoas alegres e cheias de vitalidade. Amar não se resume apenas à pessoa desejada.

O amor é o combustível do Universo. É o veículo de comunicação com a felicidade, assim, devemos sempre nos lembrar: Amar a si próprio, permitindo, com auto-respeito, descobrir quem somos, porque agimos de tal forma e qual o caminho para o bem estar, amar a vida, um sentimento de pura integração com toda a existência. É a verdadeira união. A possibilidade de crescer, aprender e enriquecer. Amar ao próximo, a maneira de agradecer à possibilidade de sorrir, viver e dar a sua contribuição para que outros possam usufruir desta deliciosa sensação que é existir.

AMOR E A COMPAIXÃO! Mentes criativas sempre sabem sobreviver a qualquer tipo de mau treinamento. A Paz começa com um sorriso. Sorria pelo menos cinco vezes por dia para as pessoas a quem você normalmente não daria um sorriso. Faça isso pela paz. Irradiemos a paz de Deus e tornemo-nos o reflexo de Sua luz para extinguir no mundo e no coração dos homens toda espécie de ódio e o amor pelo poder. Sorria junto com os outros, embora isso nem sempre seja fácil. A Paz é a maior necessidade do planeta Terra na atualidade e para alcançarmos a Paz na Terra, entre os homens, devemos começar praticando a Paz individualmente no dia a dia. Faça a sua parte, independente do comportamento das outras pessoas. Veja como é fácil:

1 - Mantenha a sua vida, seu corpo, sua casa, seus negócios em ordem. Limpeza e organização são fundamentais para gerar Prosperidade e Paz. Comece fazendo uma geral em seus sentimentos, raspando tudo que seja vil: inveja, mentira, avareza, etc.

2 - Fale pouco, ouça bastante e reaja baseado no amor - amor pelos seus princípios, amor por Deus e amor pela vida.

3 - Seja autêntico, mas inspire-se também em biografias de pessoas bem-sucedidas.

4 - Crie sua Missão de Vida, de modo que como resultado de sua existência, pelo menos, três coisas se modifique, para melhor, no mundo.

5 - Ame profundamente como se nunca fora ferido. Mas não deixe que pessoas más se aproveitem de você. Saiba reconhecer o mal, sem temê-lo. E jamais alimente o mal e o nefasto nas outras pessoas. Afaste-se, trate com reserva e mostre-se rude, se for necessário, mas nunca permita que a mediocridade e mesquinhez de uma pessoa encontre espaço para continuar atuando. Principalmente, saiba identificar as intenções de uma determinada pessoa, independente dos julgamentos que você tenha para com ela.

6 - Seja sempre grato pela sua vida a cada momento. Esta é a mais profunda meditação dar graças por suas bênçãos. Agradeça por cada despertar de um novo dia, por cada alimento que recebe, por cada conquista, pelos problemas que permitem aprender lições, pelas pessoas que estão em sua vida, pelo seu corpo, por tudo mais, e por mais um dia bem vivido.

7 - Seja caridosa (o), humilde e prestativa (o). Pratique a caridade ao próximo, você não precisa ir para Etiópia ou para Calcutá ajudar os pobres. Ajude o mendigo de sua rua, os seus empregados e quem está ao alcance de suas mãos.

8 - Deseje e peça ardentemente o que é seu, por merecimento. O que é verdadeiramente seu lhe será dado, no momento certo. Evite desejos neuróticos por pessoas ou coisas que já estão comprometidas.

9 - Conte até 11, 22 ou 111 antes de reagir. Aguarde 48 horas para resolver um problema, a maioria das coisas que pensamos ser problemas desaparecem, naturalmente, em menos de 48 horas. Se persistir até lá, então passe a ocupar-se do assunto de forma criativa e relaxada.

10 - Medite. Medite muito. Ore. Ore bastante. Pelo seu bem-estar, pela felicidade das pessoas que ama e pela Paz no Mundo.

11 - Preserve a Natureza. Consuma produtos naturais, envie flores, ame os animais, cultive plantas e ervas.

12 - Leve a vida com bom-humor. Que Deus lhe devolva em Amor todo o amor que você deu e toda a Alegria e Paz que você semeou à sua volta, por todo o mundo.

Como saber qual o melhor caminho a seguir para atingirmos o estado de plena felicidade? Temos sido estimulados a pensar que, hoje em dia, podemos alcançar essa permanente harmonia graças aos enormes avanços da tecnologia e a conseqüente revolução de costumes que nos permite viver com muito mais conforto e liberdade que nossos ancestrais. Aprendemos a acreditar que o “paraíso” é aqui mesmo!

Nossas observações e sentimentos estão em franca oposição a expressões do tipo: dinheiro não traz felicidade, ou sexo não é tão essencial para uma boa vida conjugal, ou ainda é perfeitamente possível ser feliz sozinho. Notamos o olhar e a expressão de alegria dos casais apaixonados e queremos vivenciar o mesmo que eles. Somos informados acerca do “glamour” que cerca a vida daqueles que são ricos e famosos e não podemos deixar de pensar que estão experimentando momentos de grande felicidade. Quanto ao sexo então, morremos de inveja dos mais livres e desinibidos, os que são sedutores e tem sucesso nas conquistas; imaginamos que seus relacionamentos íntimos são de uma intensidade que jamais tivemos a oportunidade de alcançar.

Por onde começar? Devemos buscar primeiro o amor ou o dinheiro? Qual deles é mais importante para nossa felicidade? E o sexo, como participa dessa equação? Penso que uma boa resposta é a seguinte: o mais importante é aquilo que está faltando! Se não temos nada, tudo é igualmente importante. Se tivermos um bom parceiro amoroso e pouco dinheiro, esse será o ingrediente mais valorizado. Nosso psiquismo é curioso: Se ocupar principalmente daquilo que não está indo bem; parece que foi forjado com o objetivo de resolver problemas. Se estivermos doentes, só nos interessaremos em recuperar a saúde e só nisso pensaremos. O mesmo vale para os apuros financeiros ou para a sensação de solidão.

Ao recobrarmos a saúde assim como a estabilidade material ou ao reatarmos com nosso parceiro, imediatamente nos desinteressaremos desses assuntos.

Pessoas que têm uma vida sexual pobre e repetitiva anseiam, mais do que tudo, com um cotidiano erotizado e voluptuoso. Ao contrário do que acontece com o amor parece que o dinheiro nunca é suficiente; por causa da competição material que vive, quase todos temos a sensação de que somos perdedores em relação a alguns conhecidos. Quem tem riqueza, mas não tem amor acha que o dinheiro não serve para grande coisa sem que se tenha um bom parceiro. Agora, se o dinheiro faltar, ele volta imediatamente a ser tremendamente importante.
O fato é que nossos anseios não são permutáveis, ou seja, a falta de amor ou sexo não se resolve com “doses” altas de dinheiro ou prestígio, e vice versa. É como no organismo, onde a deficiência de vitamina B não se atenua com doses altas de vitamina C. Necessitamos de um pouco de cada ingrediente. Um alerta final: ao sonharmos com o que nos falta imaginamos alegrias que, se acontecerem, durarão muito pouco tempo. Nossa felicidade só é plena durante um período, o da transição para a situação melhor. Depois nos habituamos e tudo é vivenciado como trivial. A boa notícia é que o mesmo vale para os acontecimentos negativos, quando a dor da perda também só é máxima durante a transição.

Alexandre Portela Barbosa

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O SOL de nossas vidas

Veja que lindo essa imagem.

Ela vai nos ajudar a entender como funciona esse “SOL DE NOSSAS VIDAS.”

Em um pensamento senso comum, O SOL é um circulo, e ao seu redor existem raios resplandecente, fortes, que refletem o que de fato está no centro.

Usei dessa pequena descrição, com esse maravilhoso fenômeno da natureza, que é extremamente fundamental para nossas vidas como ser humano.

Assim é Deus. Quando temos ele como CENTRO de nossas vidas e centro do nosso ser ganhamos todo o resto, tudo vem de acréscimo.

Teremos também raios resplandecestes reflexos de sua face e mais que isso. Estaremos caminhando nessa estrada tão maravilhosa, Estrada da VIDA, da LIBERDADE e da SANTIDADE.

Sejamos SANTOS!


Que possamos ter DEUS como o Sol das nossas VIDAS.


Hoje é o dia para recomeçar!

terça-feira, 26 de julho de 2011

FOLHAS?

Folhas secas, verdes, rasgadas.
Folhas ásperas, úmidas, desbotadas.
Folhas leves, devastadas, desorganizadas.
Folhas caídas, arrancadas, desviadas.
Folhas de uma árvore grande, emborcada.
Folhas solteiras, casadas, mal acompanhadas.
Folhas desfolhadas, bailarinas? Nada
Folhas desse céu rico, pobre, desempregada.
Folhas de uma vida, mansa, agitada.
Folhas de aparência, folhas influenciadas.
Folhas, Folhas, Folhas.
Arvore do espinho, Arvore sem vida.
Arvore do Amor, Arvore da VIDA.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

...Nublado

Um tempo nublado logo identificamos por suas nuvens, algumas negras outras mais claras. Mas todas recobrem por inteiro os horizontes desse grandioso céu.

É fácil de identificar um céu nublado ou mesmo quando esta quase prestes a um temporal ou mesmo um resplandecente Sol.

O que nos dificulta a visão desse lindo Sol em um tempo nublado são as nuvens. Nuvens que e acumulam até se forragem com a união de tantas, uma única e gigantes nuvem.

Existem momentos em nossas vidas que acumulamos tantas dessas nuvens, que mal conseguimos encontrar o caminho certo a seguir.

Nuvens compostas por dores, raivas, erros, limitações, imperfeições, angústias, fracassos e decepções.

Por que somos esse “aspirador de nuvens” e nos tornamos de um céu ensolarado para um céu nublado, macabro, mórbido?

Se você se identificou por ser esse “aspirador de nuvens nubladas”, que neste dia de hoje você possa retirar todas essas nuvens que estão te impedindo de caminhar, ver o sol e se tornar um céu limpo e ensolarado.

DEUS O ABENÇOE E LHE DE A GRAÇA DE SE TORNAR UM LINDO CÉU!!!

domingo, 24 de julho de 2011

A IMPORTÂNCIA DAS ESCOLHAS...

Eu cresci vendo a minha mãe fazer quadros em telas de tapeçarias. Com linhas de várias cores, ela ia bordando até que o desenho já impresso na tela ganhasse vida. Depois de pronto, olhávamos admirados a imagem, fruto da hábil mão que soube colocar, nos minúsculos quadros da tela, a linha apropriada.

As linhas estão para um quadro bordado, como as escolhas para a nossa vida. O que realça e desenha a nossa existência é um feixe de grandes e pequenas decisões que formam os quadrantes da nossa história pessoal.

A escolha é um privilégio natural que todo ser humano tem. O filósofo dinamarquês Kierkegaard já nos advertia que a escolha é uma realidade intrínseca à nossa existência. Ou por outras palavras, nós sempre teremos escolha. Acontece que algumas escolhas trazem conseqüências com as quais não queremos conviver. Então, escolhemos o caminho menos custoso para nós mesmos e depois, num artifício psicológico criado para nos consolar e defender, dizemos: ?desculpe, eu não tive escolha?. Errado. Tivemos e sempre teremos escolhas diante de nós, o que nos falta é a coragem para assumir as implicações das escolhas mais difíceis, que nem sempre são as mais prazerosas.

Dada a importância central das escolhas para nossa vida, não seria óbvio que nós tivéssemos todo cuidado com elas? Não seria importante que aprimorássemos cada vez mais o processo de escolher a fim de produzir as melhores escolhas possíveis? Não faria sentido que tivéssemos um grupo de princípios diante de nós a partir dos quais nossas escolhas pudessem ser feitas?

Fica aqui o convite a você para acompanhar os próximos textos, pois neles serão encontrados tais princípios! Que suas linhas (escolhas) manuseadas com sabedoria e precisão construam um belo desenho (sua vida) capaz de inspirar e dar direção a muitos!

Pr. Eduardo Pedreira

sábado, 23 de julho de 2011

Folhas caídas...

No jardim
O vento muda
As folhas de lugar.

Vejo aquelas pequeninas
Folhas caídas rodopiando...
Um pensamento aparece.

Vai rodopiando meu peito
Num minuano de saudade
Que não posso alterar

Folhas caídas
Uma vida...
E não pude te amar.

Como pode um pequeno
Instante conter toda uma vida?
Como o amor pode rodopiar
Como as folhas caídas?

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A menina e a rosa.

Quando escrevo...

Sei que não sou pertinente quando escrevo...
Que guardo palavras em pequenos segredos,
Temendo que a felicidade possa ir depressa embora.
E o que escrevo não depende de beleza, por ser aquele instante mágico,
Em que a perfeição fala à clareza dos versos de outrora.


Sei.
Sei descrever sem qualquer léxico!
Sei de fato que, posso ser eu mesmo, se você fizer parte do conceito.
Sei que o amor não tem compromisso certo e vive sem nexo!
E que ninguém o entende direito...

Sei que quando acordo, sinto seu cheiro antecipando a manhã...!
Como um café quente exalando palavras a procura de encanto...!
Ensaiando o beijo com sabor dos lábios seus e,
Misturando coisas tolas, só para dizer o quanto te amo.

Sei que é assim que a minha vida faz sentido!!!
Completando em pensamento cada detalhe que antes havia esquecido...
Sei que não sou pertinente ao descobrir nos seus olhos e na luz que vem surgindo:
A beleza, o gosto e o gozo das flores que vão se abrindo...

De Carmem Teresa Elias e De Magela

quinta-feira, 21 de julho de 2011

PEDRA...
















Pedra querida eu te adoro,
Puro sangue do meu ser,
Pude crescer em teu seio,
Pois agora és lembrança tenra do meu viver.


Corri pelas ruas tortuosas,
Brinquei com bolinhas-de-gude,
Aprendi os primeiros vocabulos,
Sonhei com os primeiros encantos.



Sinto saudades profundas,
Daquele tempo cigano,
Nunca me esqueci,
Dos atropelos sempre mundanos.


O tempo passou como rio,
Ja não usufruo mais do teu prazer,
Só me restam balbucios,
Daquela vivência de lazer.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Os amigos são o meio pelo qual Deus gosta de cuidar de nós!

"Um dia, há muitos anos atrás, eu estava de pé na porta da sala, esperando meus alunos entrarem para nosso primeiro dia de aula do semestre. Foi aí que vi Tom pela primeira vez. Não consegui evitar que meus olhos piscassem de espanto. Ele estava penteando seus cabelos longos e muito loiros que batiam uns vinte centímetros abaixo dos ombros. Eu nunca vira um rapaz com cabelos tão longos. Acho que a moda estava apenas começando nessa época.

Mesmo sabendo que o que importava não é o que está fora, mas o que vai dentro da cabeça, naquele dia eu fiquei um pouco chocado. Imediatamente classifiquei Tom com um "E" de estranho... Muito estranho! Tommy acabou se revelando o "ateísta de plantão" do meu curso de Teologia da Fé. Constantemente, fazia objeções ou questionava sobre a possibilidade de existir um Deus-Pai que nos amasse incondicionalmente. Convivemos em relativa paz durante o semestre, embora eu tenha que admitir que às vezes ele era bastante incômodo!

No fim do curso, ele se aproximou e me perguntou, num tom ligeiramente irônico: - O senhor acredita mesmo que eu possa encontrar Deus algum dia? Resolvi usar uma terapia de choque: - Não, eu não acredito! – respondi. - Ah! – ele respondeu – Pensei que era este o produto que o senhor esteve tentando nos vender nos últimos meses. Eu deixei que ele se afastasse um pouco e falei, bem alto: Eu não acredito que você consiga encontrar Deus, mas tenho absoluta certeza de que Ele o encontrará um dia. Ele deu de ombros e foi embora da minha sala e da minha vida.

Algum tempo depois soube que Tommy tinha se formado e, em seguida, recebi uma notícia triste: ele estava com um câncer terminal. E antes que eu resolvesse se ia à sua procura, ele veio me ver. Quando entrou na minha sala, percebi que seu físico tinha sido devastado pela doença e que os cabelos longos não existiam mais, devido à quimioterapia. Entretanto, seus olhos estavam brilhantes e sua voz era firme, bem diferente daquele garoto que conheci.

Tommy, tenho pensado em você. Ouvi dizer que está doente! – falei. Ah, é verdade, estou seriamente doente. Tenho câncer nos dois pulmões. È uma questão de semanas, agora.Você consegue conversar bem a esse respeito? Claro, o que o senhor gostaria de saber? Como é ter apenas vinte e quatro anos e saber que está morrendo? Acho que poderia ser pior. Como assim?

Bem, eu poderia ter cinqüenta anos e não ter noção de ideais, ou ter sessenta anos e pensar que bebida, mulheres e dinheiro são as coisas mais "importantes" da vida. Lembrei-me da classificação que atribuí a ele: "E" de "estranho" (parece que as pessoas que recebem classificações desse tipo, são enviadas de volta por Deus para que eu possa repensar o assunto). - Mas a razão pela qual eu realmente vim vê-lo – disse Tom – foi a frase que o senhor me disse no último dia de aula. (Ele se lembrava...) Tom continuou: - Eu lhe perguntei se o senhor acreditava que eu encontraria Deus algum dia, e o senhor respondeu 'Não', o que me surpreendeu. Em seguida, o senhor disse, "mas Ele o encontrará". Eu pensei um bocado a respeito daquela frase, embora na época não estivesse muito interessado no assunto. Mas quando os médicos removeram um nódulo da minha virilha e me disseram que se tratava de um tumor maligno, comecei a pensar com mais seriedade sobre a idéia de procurar Deus. E quando a doença se espalhou por outros órgãos, eu comecei realmente a dar murros desesperados nas portas de bronze do paraíso.

Mas Deus não apareceu. De fato, nada aconteceu. O senhor já tentou fazer alguma coisa por um longo período, sem sucesso? A gente fica cansado, desanimado. Um dia, ao invés de continuar atirando apelos por cima do muro alto atrás de onde Deus poderia estar... Ou não... Eu desisti, simplesmente. Decidi que de fato não estava me importando...com Deus, com uma possível vida eterna ou qualquer coisa parecida. E decidi utilizar o tempo que me restava fazendo alguma coisa mais proveitosa. Pensei no senhor e nas suas aulas e me lembrei de uma coisa que o senhor havia dito noutra ocasião: "A tristeza mais profunda, sem remédio, é passar pela vida sem amar. Mas é quase tão triste passar pela vida e deixar este mundo sem jamais ter dito às pessoas queridas o quanto você as amou."

Então resolvi começar pela pessoa mais difícil: meu pai. Ele estava lendo o jornal quando me aproximei dele: - Papai... Eu disse. Sim, o que é? – ele perguntou, sem baixar o jornal. Papai, eu gostaria de conversar com você. Então fale. É um assunto muito importante! O jornal desceu alguns centímetros, vagarosamente. O que é? Papai, eu o amo muito. Só queria que você soubesse disso. O jornal escorregou para o chão e meu pai fez duas coisas que eu jamais havia visto: Ele chorou e me abraçou com força. E conversamos durante toda a noite, embora ele tivesse que ir trabalhar na manha seguinte. Foi tão bom poder me sentar junto do meu pai, conversar, ver suas lágrimas, sentir seu abraço, ouvi-lo dizer que também me amava!... Foi uma emoção indescritível! Foi mais fácil com minha mãe e com meu irmão mais novo. Eles choraram também e nós nos abraçamos e falamos coisas realmente boas uns para os outros.

Falamos sobre as coisas que tínhamos mantido em segredo por tantos anos, e que era tão bom partilhar. Só lamentei uma coisa: que eu tivesse desperdiçado tanto tempo, me privando de momentos tão especiais. Naquela hora eu estava apenas começando a me abrir com as pessoas que amava. Então, um dia, eu olhei, e lá estava "ELE". Ele não veio ao meu encontro quando lhe implorei. Acredito que estava agindo como um domador de animais que, segurando um chicote, diz: - Vamos, pule! Eu lhe dou três dias... Três semanas...

Parece que Deus não se deixa impressionar. Ele age a Seu modo e a Seu tempo. Mas o que importa é que Ele estava lá. Ele me encontrou... O senhor estava certo. Ele me encontrou mesmo depois de eu ter desistido de procurar por Ele. - Tommy – eu disse, bastante comovido – o que você está dizendo é muito mais importante e muito mais universal do que você pode imaginar. Para mim, pelo menos, você está dizendo que a maneira certa de encontrar Deus, não é fazendo Dele um bem pessoal, uma solução para os nosso problemas ou um consolo em tempos difíceis, mas sim se tornando disponível para o verdadeiro Amor. O apóstolo João disse isto: "Deus é Amor e aquele que vive no Amor, vive com Deus e Deus vive com ele".

Tom, posso pedir-lhe um favor? Você sabe que me deu bastante trabalho quando foi meu aluno. Mas (aos risos) agora você pode me compensar por aquilo. Você viria à minha aula de Teologia da Fé e contaria aos meus alunos o que você acabou de me contar? Se eu lhes contasse não seria a mesma coisa, não tocaria tão fundo neles! Oooh!... Eu me preparei para vir vê-lo, mas não sei se estou preparado para enfrentar seus alunos. Então, pense nisto. Se você se sentir preparado, telefone para mim. Alguns dias mais tarde, Tom telefonou e disse que falaria com a minha turma. Ele queria fazer aquilo por Deus e por mim. Então marcamos uma data. Mas, o dia chegou... E ele não pode ir. Ele tinha outro encontro, muito mais importante do que aquele. Ele se foi...

Tom havia dado o grande passo para a verdadeira realidade. Ele foi ao encontro de uma nova vida e de novos desafios. Antes de ele morrer, ainda conversamos uma vez. Não vou ter condições de falar com sua turma. – ele disse. Eu sei, Tom. O senhor falaria com eles por mim? O senhor falaria... Com todo mundo por mim? Vou falar, Tom. Vou falar com todo mundo. Vou fazer o melhor que puder. Portanto, a todos vocês que foram pacientes, lendo esta declaração de amor tão sincero, obrigado por fazê-lo. E a você Tommy, onde quer que esteja, aí está: eu falei com todo mundo... Do melhor modo que consegui. E espero que as pessoas que tiveram conhecimento desta história, possam contá-la aos seus amigos, para que mais gente possa conhecê-la..."

Esta é uma história verídica, narrada por John Powell, S.J., professor de Teologia da Fé, da Loyola University de Chicago, EUA.


"OS AMIGOS SÃO O MEIO PELO QUAL DEUS GOSTA DE CUIDAR DE NÓS!..." QUE FALEMOS PARA AS PESSOAS QUE VERDADEIRAMENTE NOS AMAM: EU TE AMO!

terça-feira, 19 de julho de 2011

O JARDINEIRO

Sempre tive uma vontade oculta de ser jardineiro: mexer com a terra, afundar os pés e as mãos em suas entranhas, sentir-lhe o calor e o frio, inebriar-me de seus cheiros, seguir as estações do ano, contemplar o sol e a chuva, lançar a semente e esperar a lenta maturação da vida... Mas especialmente cultivar flores. Quem sabe, um dia, ser uma entre elas!

Mas a profissão de jardineiro tem suas armadilhas. Sem dúvida, é gratificante ver as plantas se erguerem do solo, produzir botões e estes se abrirem em pétalas de diferentes cores e tonalidades. Em pouco tempo, porém, elas murcham, secam, desaparecem. Com a mesma voluptuosidade com que buscam o céu azul, a luz e o ar livre, também se curvam encarquilhadas sobre o chão, morrem e caem no esquecimento. Menos mal que deixam na terra suas sementes e que estas, em potencial, contêm novas flores. Cedo ou tarde, haverão de romper a superfície da terra e se reerguer para a vida.

Outra armadilha é que, após preparar o solo, lançar a semente, e zelar diariamente pela sua gestação, o jardineiro pode surpreender-se com alguma flor que nasce fora do jardim cultivado. Tanto carinho e cuidado, para ver o broto ressurgir em meio ao mato e aos espinhos, ou entre as pedras do caminho. Flores são seres rebeldes, crescem não raro onde menos se espera, longe de nosso alcance. Às vezes são mais vivas e vigorosas onde a terra é mais agreste.

Ninguém como o jardineiro se dá conta de como a flor é bela e frágil. Ou melhor, bela porque frágil. Oferece seu brilho intenso e colorido, mas sempre provisório. Tão forte quanto fugaz, talvez porque possui uma estranha consciência orgânica de que sua passagem pela vida é breve. Logo terá de desaparecer! O mesmo ocorre com o perfume. A flor exala-o com tanta intensidade que chega a embriagar o viajante que passa. Mas fenece junto com ela. Também neste caso é verdade que, apesar de resistir mal à tormenta, a beleza e o perfume da flor jamais se apagam da memória de quem os experimentou.

Mas o cultivador de flores conhece outros segredos. Sabe que cada uma delas é única, incomparável e insubstituível. Inútil perguntar qual a mais bonita, a mais sedutora a mais cheirosa. Todas o são, embora distintas. Ou melhor, todas são belas justamente porque distintas! É a diversidade de formas e aromas, cores e tons que torna encantado o jardim.

O senhor do jardim sabe, ainda, que cultivar flores não é tomar posse delas. Se tentar fazê-lo, mata-as, perdendo-as para sempre. De resto, essa relação com as flores reproduz-se na relação com outros seres vivos, plantas ou animais, como também na relação entre as pessoas. Cultivar implica não em dominar e possuir, mas deixá-las livres. Livres para que outros possam desfrutar de seu conhecimento e riqueza. A posse é a negação do amor.

O jardineiro é diferente do colecionador. De fato, O cultivador de carros de luxo, de pérolas preciosas, de contas bancárias, de objetos exóticos, como também o cultivador de mágoas ou ressentimentos, de ódio ou vingança, torna-se escravo daquilo que cultiva. Constrói sua própria prisão. "Onde está teu tesouro, aí está teu coração", diz o sábio Jesus. Ao contrário do colecionador, o jardineiro aprende que somente há de colher as flores que cultiva com o toque mágico de suas mãos, rudes e ternas a um só tempo. Mas ele as colhe com o olhar, com o deslumbramento da alma. Prendê-las é condená-las à morte.

E assim, livre e bela, a flor pode entregar-se gratuitamente a todos que visitam o jardim. Seu brilho fala de Deus quando guarda as gotas do orvalho noturno ou abre suas pétalas à luz matutina, quando dança ao ritmo da brisa suave ou oferece seu néctar ao beija-flor, o qual, a seu turno, transportará o pólen para fecundar outras flores, alimentando assim o ciclo interminável da vida.

Unida ao sorriso da criança, ao murmúrio ou ao rugido da água, ao canto do pássaro, à luz longínqua da estrela, ao sol que chega ou que parte, ao olhar de quem ama ou à lágrima de quem ainda é capaz de chorar, aos corações sedentos de justiça ou às mãos que combatem pelos direitos humanos - a flor integra a grande orquestra da criação. Instrumentos distintos, que tocam notas diferentes, mas exprimem a beleza de uma sinfonia comum.

Cultivar flores é cultivar relações novas, livres, autênticas, transparentes. Relação consigo mesmo, com o outro e com os outros, com a história de um povo, com o meio ambiente, com o Transcendente. Essas dimensões, embora distintas, não constituem instâncias cerradas uma à outra. Ao contrário, todas se entrelaçam inextricavelmente. Todas se interpelam e se integram, se enriquecem e se complementam. O cultivo de uma repercute no crescimento das demais, o descuido de uma significa o esvaziamento de todo o ser.

Como ponto final, vale sublinhar, uma vez mais, a lição da flor: porque é bela, fugaz e frágil, ela brilha e se apaga, revela-se e se esconde, aparece e desaparece, como o Amado que se oculta para estimular a busca e nutrir um amor fiel e persistente.

Pe. Alfredo J. Gonçalves

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A perda de confiança na ordem atual

Na perspectiva das grandes maiorias da humanidade, a atual ordem é uma ordem na desordem, produzida e mantida por aquelas forças e países que se beneficiam dela, aumentando seu poder e seus ganhos. Essa desordem se deriva do fato de que a globalização econômica não deu origem a uma globalização política. Não há nenhuma instância ou força que controle a voracidade da globalização econômica. Joseph Stiglitz e Paul Krugman, dois prêmios Nobel em economia, criticam o Presidente Obama por não ter imposto freios aos ladrões de Wall Street e da City, ao invés de se ter rendido a eles. Depois de terem provocado a crise, ainda foram beneficiados com inversões bilionários de dinheiro público. Voltaram, airosos, ao sitema de especulação financeira.

Estes excepcionais economistas são ótimos na análise mas mudos na apresentação de saidas à atual crise. Talvez, como insinuam, por estarem convencidos de que a solução da economia não esteja na economia mas no refazimento das relações sociais destruidas pela economia de mercado, especialmente, a especulativa. Esta é sem compaixão e desprovida de qualquer projeto de mundo, de sociedade e de política. Seu propósito é acumular maximamente, apropiando-se de bens comuns vitais como água, sementes e solos e destroçado economias nacionais.

Para os especuladores, também no Brasil, o dinheiro serve para produzir mais dinheiro e não para produzir mais bens. Aqui o Governo tem que pagar 150 bilhões de reais anuais pelos empréstimos tomados, enquanto repassa apenas cerca de 60 bilhões para os projetos sociais. Esta dispariedade resulta eticamente perversa, consequência do tipo de sociedade a qual nos incorporamos, sociedade essa que colocou, como eixo estruturador central, a economia que de tudo faz mercadoria até da vida.

Não são poucos que sustentam a tese de que estamos num momento dramático de decomposição dos laços sociais. Alain Touraine fala até de fase pós-social ao invés de pós-industrial.

Esta decomposição social se revela por polarizações ou por lógicas opostas: a lógica do capital produtivo cerca de 60 trilhões de dólares/ano e a do capital especulativo, cerca de 600 trilhões de dólares sob a égide do “greed is good”(a cobiça é boa). A lógica dos que defendem a maior lucratividade possivel e a dos que lutam pelos direitos da vida, da humanidade e da Terra. A lógica do individualismo que destrói a “casa comum”, aumentando o número dos que não querem mais conviver e a lógica da solidariedade social a partir dos mais vulneráveis. A lógica das elites que fazem as mudanças intrasistêmicas e se apropriam dos lucros e a lógica dos assalariados, ameaçados de desemprego e sem capacidade de intervenção. A lógica da aceleração do crescimento material (o PAC) e a dos limites de cada ecossistema e da própria Terra.

Vigora uma desconfiança generalizada de que deste sistema não poderá vir nada de bom para a humanidade. Estamos indo de mal a pior em todos os itens da vida e da natureza. O futuro depende do cabedal de confiança que os povos depositam em suas capacidades e nas possibilidades da realidade. E esta confiança está minguando dia a dia.

Estamos nos confrontando com esse dilema: ou deixamos as coisas correrem assim como estão e então nos afundaremos numa crise abissal ou então nos empenharemos na gestação de uma nova vida social, capaz de sustentar um outro tipo de civilização. Os vínculos sociais novos não se derivarão nem da técnica nem da política, descoladas da natureza e de uma relação de sinergia com a Terra. Nascerão de um consenso mínimo entre os humanos, a ser ainda construido, ao redor do reconhecimento e do respeito dos direitos da vida, de cada sujeito, da humanidade e da Terra, tida como Gaia e nossa Mãe comum. A essa nova vida social devem servir a técnica, a política, as instituições e os valores do passado. Sobre isso venho pensando e escrevendo já pelo menos há vinte anos. Mas é voz perdida no deserto. “Clamei e salvei a minha alma”(clamavi et salvavi animam meam), diria desolado Marx. Mas importa continuar. O improvável é ainda possível.

Leonardo Boff

domingo, 17 de julho de 2011

INVESTIGAÇÃO FILOLÓGICA...

Um dia destes chamo-te

E gastamos um momento para fazer amor.

A ver se é verdade isso que dizia Cernuda

De que os corpos fazem um ruído muito triste

Quando se amam.

Manuel Arana

sábado, 16 de julho de 2011

GRITAR...

Aqui a ação simplifica-se

Derrubei a paisagem inexplicável da mentira

Derrubei os gestos sem luz e os dias impotentes

Lancei por terra os propósitos lidos e ouvidos

Ponho-me a gritar

Todos falavam demasiado baixo falavam e escreviam

Demasiado baixo

Fiz retroceder os limites do grito

A ação simplifica-se

Porque eu arrebato à morte essa visão da vida

Que lhes destinava um lugar perante mim

Com um grito

Tantas coisas desapareceram

Que nunca mais voltará a desaparecer

Nada do que merece viver

Estou perfeitamente seguro agora que o Verão

Canta debaixo das portas frias

Sob armaduras opostas

Ardem no meu coração as estações

As estações dos homens os seus astros

Trémulos de tão semelhantes serem

E o meu grito nu sobe um degrau

Da escadaria imensa da alegria

E esse fogo nu que pesa

Torna a minha força suave e dura

Eis aqui a amadurecer um fruto

Ardendo de frio orvalhado de suor

Eis aqui o lugar generoso

Onde só dormem os que sonham

O tempo está bom gritemos com mais força

Para que os sonhadores durmam melhor

Envoltos em palavras

Que põem o bom tempo nos meus olhos

Estou seguro de que a todo o momento

Filha e avó dos meus amores

Da minha esperança

A felicidade jorra do meu grito

Para a mais alta busca

Um grito de que o meu seja o eco.

Paul Éluard

(Poeta Francês)

Amar talvez seja isso... Descobrir o que o outro fala mesmo quando ele não diz.

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MINAS, Brazil
"Compreendi que VIVER é ser LIVRE... Que ter amigos é necessário... Que lutar é manter-se vivo. Apreendi que O TEMPO CURA... Que MAGOA PASSA... Que DECEPÇÃO NÃO MATA. Que hoje é reflexo de ontem... Que os VERDADEIROS amigos permanecem... Que os FALSOS, graças a Deus VÃO EMBORA... Que DOR FORTALECE. Aprendi que sonhar NÃO é fantasiar... Que a beleza não está no que vemos, e sim no que sentimos. Que o segredo da vida é VIVER."

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