domingo, 28 de agosto de 2011

Rosa...

Como não se deslumbrar a essa beleza tão delicada
A beleza de uma rosa.
Elas se confundem nas suas diversidades e cores
Mas todas têm o seu diferencial e suas doces qualidades.
Umas se destacam por seus espinhos ou pelo seu desabrochar,
Outras pelos perfumes, pela suavidade, brilho.
Os seus espinhos indicam proteção, cuidado e prudência.
Os perfumes, e as suavidades nos convidam a uma experiência com o que é puro, com o que é belo com o que é bonito de se admirar.

Rosas azuis, vermelhas, rosas, brancas, pintadas, amarelas...
As rosas de nosso jardim.

Como está o seu jardim?

As rosas existentes neles se destacam por rosas com muitos espinhos?
Ou por rosas cheirosas, convidativas em sua suavidade, tranqüilidade, paciência, pureza?


Corra para a construção do seu Jardim e fique atento aos predadores e aos espinhos.

sábado, 27 de agosto de 2011

ÓRFÃ NA JANELA

Estou com saudades de Deus,

uma saudade tão funda que me seca.

Estou como palha e nada me conforta.

O amor hoje está tão pobre, tem gripe

meu hálito não está para salões.

Fico em casa esperando Deus,

cavacando a unha, fungando meu nariz choroso,

querendo um pôster dele, no meu quarto,

gostando igual antigamente

da palavra crepúsculo.

Que o mundo é desterro eu toda vida soube.

Quando o sol vai-se embora é pra casa de Deus que vai

pra casa onde está meu pai.

ADÉLIA PRADO

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Há um caminho excelente

Durante o decorrer da nossa vida algumas escolhas são colocadas na nossa frente. Essas escolhas nos forçam a tomar decisões e estas decisões irão te forçar a trilhar por um caminho. Existe uma frase que muitas pessoas dizem, e que é uma das maiores mentiras da humanidade: “Este é um caminho sem volta!”

Isso não existe. Todos os caminhos da nossa vida são como uma estrada de mão dupla. Da mesma maneira que você caminha em uma direção, você pode simplesmente ter uma mudança radical, dar meia volta e voltar por este caminho. O que devemos ter em mente é que quanto mais longe seguimos em um caminho, mais difícil será para sair dele. Mas não que seja impossível.

A palavra de Deus fala que 2 caminhos são colocados diante de nós: MORTE e VIDA.

O caminho da morte (espiritual) é um caminho que por incrível que pareça é um caminho atrativo, cheio de coisas que nos dão prazer e satisfazem os nossos prazeres, é um caminho largo.

Já o caminho da VIDA é um caminho estreito, difícil, com muitas barreiras a serem vencidas.

Mas a grande diferença é que no caminho de VIDA você tem uma grande ajuda para conseguir chegar até o final. Deus te capacita e vai na sua frente abrindo caminho, tapando buracos, cortando as árvores, chutando para longe as pedras que te fazem tropeçar.

Mas no caminho de VIDA existe algo que precisamos fazer: Abrir mão da nossa bagagem. o caminho é tão estreito que você não pode carregar uma mochila com aquilo que te trás conforto. Mas quando você se desvencilha de toda essa bagagem, Deus vai te suprindo a cada momento. Esse é ponto principal de escolher o melhor caminho; o CAMINHO EXCELENTE.

Nunca se é tarde para voltar ao ponto onde você deveria ter escolhido o caminho de VIDA e escolheu o de MORTE.

Se você tem trilhado por caminhos de MORTE, simplesmente fale com Deus aonde você estiver e peça que ele te ajude a voltar ao ínicio dos caminho e te direcione ao caminho da VIDA.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

VIVER DE SAUDADES

Saudade... Por diversas vezes pensei nesta palavra como sendo das mais melodiosas e bonitas de nossa língua. Mas não estive pensando só na sua fonética, mas também em seu significado.

Saudade é um sentimento que aperta o coração por resgatar as coisas boas e significativas e que não voltam mais. Porém, ela aparece na maioria das vezes num momento em que estamos meio enfraquecidos, num momento de insatisfação, de algo que não está bem.

Oh! Que saudades que tenho / Da aurora de minha vida / Da minha infância querida / Que os anos não trazem mais!

Senti saudades de minha infância, quando passei por situações em que eu precisava crescer; por situações em que precisava ser forte, ter meus filhos, ser madura.

Sinto saudades dos períodos em que fui protegida, que não precisava tomar decisões; quando ainda não me dava conta de que a vida apronta e nos coloca diante do desconhecido. Sinto saudades da minha infância; nela, ainda não sabia o que significava finitude.

Sinto saudades da época em que não conhecia as maldades do mundo, das violências, dos fracassos, das culpas ou dos remorsos. Saudades dos que me deixaram e partiram! Ficando em mim parte deles...

Sinto saudades da minha inocência. Ser adulto é bom, é a fase da liberdade, mas com toneladas de responsabilidades. Somos responsáveis por outras vidas que formamos.

Mas agora o momento é ter metas e sonhos que se direcionem neste presente, talvez pela objetividade que tenho de ter, pelo tempo que não é mais uma eternidade.

Sinto que viver de lembranças faz um rebuliço no presente: nos prende e nos atrasa. Nos reporta apenas a uma vida que não volta mais.

O que mais ouço, são lamúrias ditas pelos descontentes que passam se lastimando da educação que receberam, do que não tiveram, do filho preferido que não foram e dos beliscões que levaram da própria vida.

Não conseguem excluir, acrescentar ou modificar nada. Vivem amargurados e presos. O processo de cicatrização não se concretiza; o passado está tão ativo que não permite uma vida plena, mesmo em meio à tempestade.

O mundo é este aqui, nesta sociedade cada vez mais doente, cheio de gente enlouquecida rolando suas neuroses. E ter vivido ontem como hoje, é batalha, é guerra, é superação. É coragem.

Que minhas saudades se acalmem e que calem; que me deixem viver na parte que me cabe neste louco latifúndio.

Tais Luso de Carvalho

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Tantas máscaras, e o amor se foi...

Quando foi que o mundo entrou em um estado de depressão profunda, onde pessoas se sujeitam a medicamentos e estados de loucura e insanidade? Talvez esta seja a pergunta que martela no pensamento de muitas pessoas. Hoje quando olho para o mundo vejo uma opressão e um sentimento de dor, tristeza, solidão, medo, vontade de morrer. Isso tudo está acontecendo por um simples motivo: Os princípios da sociedade foram corrompidos.

Quando falamos de principios devemos lembrar seu significado: “Lei, doutrina ou acepção fundamental em que outras são baseadas ou de que outras são derivadas.” Princípio é tudo aquilo que rege a vida da sociedade. Os princípios foram corrompidos. Por esse motivo vivemos em uma sociedade corrompida.

Quando Deus criou o mundo, instituiu um princípio único, pelo qual tudo seria gerado através dele: O AMOR. Este princípio aos poucos foi roubado de nós, a partir do momento em que o pecado começou a reinar no mundo. Precisamos entender que este princípio precisa voltar a reinar em nossos corações. Enquanto o mundo não entender o que é o amor, a sociedade continuará corrompida.

Talvez você me pergunte: “Mas como poderemos esparramar amor pelas esquinas da cidade?” Muito simples: Vivendo Deus em nossas vidas.

Quando andamos verdadeiramente com Deus, começamos a viver como Jesus viveu e a demonstrar o AMOR DE DEUS (O princípio perdido). Quando vivemos o amor em nossas vidas, ele é derramado por todos os lados. Quando Jesus viveu nesta terra, o amor foi espalhado como princípio e transformou boa parte da sociedade. Precisamos conhecer o amor de Deus, viver o amor de Deus e esparramar este amor para que a nossa sociedade tenha uma transformação de valores.

Hoje em dia as crianças crescem aprendendo que elas precisam ser bem sucedidas em tudo, influenciando-as a fazerem o que for preciso para se dar bem. Isso é um forte sinal de sociedade corrompida, sem amor. Creio que quando as crianças começarem a crescer aprendendo que o que realmente importa é o amor e que elas precisam amar acima de todas as coisas, nossa sociedade se transformará e Deus inundará os corações cansados e desesperados por amor.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

COMO É DIFÍCIL DAR PRESENTE...

Pois é, que assunto cabreiro! Mas como gosto de escrever sobre o nosso cotidiano, de A a Z, tipo complexo vitamínico, este assunto também está na mira. A gente pode conhecer alguém pelos presentes que ela (pessoa) dá. E não quero dizer que se gaste os olhos da cara para presentear. Bom gosto, observação e imaginação: isso não sai caro.

Todos nós, em algum momento, já recebemos umas coisinhas, e que deu vontade de mandar de volta. Eu já tive este desejo; e várias vezes. Recebi cada coisinha mimosa... Lembro que eu olhei e fiquei com a triste sensação de ter sido tomada por débil mental. Sim, porque eu jamais usaria aquilo; faltou a pessoa ter me estudado um pouquinho.

Existem coisas acessíveis e de bom gosto. Muitas pessoas adoram presentear, gostam de escolher. O que importa não é o gesto de dar, mas de dar a coisa certa! Isso é que importa. Tem gente que compra sabendo que a criatura vai trocar, mas não estão nem aí... O negócio é resolver o problema rapidamente.

Sei que é difícil dar presentes: há o perigo de darmos um livro para quem não lê; dar roupa e a criatura achar brega; CD, e não encaixar no gosto... Sei que existem pessoas complicadas, e que nada serve; muitas vezes já tive vontade de enviar uma bomba! Sei deste lado também.

Tenho visto presentes dados no momento errado e pra pessoa errada, ufff! Já escutei várias vezes a frase Dou e que se vire: se gostar gostou, senão troca. PÔ! Tem carinho sobrando.

Mas, se estudarmos o estilo da pessoa não tem erro:
Ela gosta de MPB? Certo... Não pense em dar Beethoven!
Ela gosta de música clássica? Não pense em dar Chitãonzinho e Xororó.
Mas se ela amar música sertaneja... Dê-lhe o Xororó que ela ficará feliz. É Fácil.

Dar dinheiro é só aceitável entre pais e filhos. Pais sabem quanto podem dar e filhos sabem como está a situação lá no pedaço. Dar dinheiro só servirá para constrangimentos. Será sempre pouco; e logo entrará na banda larga. A família e os amigos dirão sempre que você é mi-se-rá-vel! Então não vale a pena.

Hoje existe o tal vale presente para facilitar as coisas; sei lá... a gente pode colocar mais em cima e está feita a festa para ambas as partes. E acaba a chorumela.

Talvez seja melhor assim antes que você receba a bandeja nº 1000 ou mais um dos tantos porta-retratos - que não temos mais onde socar tanta cara! E ainda temos de ser delicados e falsos para não mostrar o desapontamento:

- Óhhhhhhhhh!!! Que liiiiiindo, você adivinhou; como estou precisando!

Confesso a vocês que estou na turma dos que preferem não ganhar presentes; o que eu quiser, eu compro. Assim não dou trabalho a ninguém, não vou colocar em gavetas de repasse e não vou perceber que o troço foi comprado rapidinho, na obrigação social.

Nisso, os homens estão à nossa frente: dão flores e bombons! E estão cobertos de razão. Nunca serão mal vistos. São dois presentes delicados e de bom gosto. Antes assim.

Dá para dizer que presentear é questão de investigação. Ôh coisa bem difícil.
Mas na dúvida... MANDE FLORES!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A DOR DOS GORDOS E OBESOS...

Dias atrás assisti na televisão uma matéria sobre os obesos. É penoso de se ver o sofrimento destas pessoas que, contudo, não ignoram as consequências desta doença, da obesidade. A vergonha, a culpa, a descriminação que os gordos sofrem é uma dor enorme, dor na alma. Carregam e enfrentam, portando, dois problemas.

A discriminação já começa quando o chamamos de gordinhos e não de gordos. Há um certo constrangimento. Mas não existe gordinho, existe gordo e obesidade mórbida. A discriminação está no tom, na ironia.

Além da discriminação que sofrem e da autoestima que já foi pro brejo, os gordos enfrentam, ainda, as inúmeras doenças consequentes do sobrepeso. O que é o mais preocupante. Ninguém é gordo porque quer, é gordo por disfunções físicas ou de ordem psíquica.

As campanhas estão nas ruas. Dois gigantes se engalfinhando: um, tentando nos proteger e nos conscientizar; o outro, tentando nos vender o que não presta: gorduras saturadas, trans, toneladas de carboidratos, guloseimas sem fim e uma montanha de açucar. E salve-se quem puder.

Mas que discriminação é essa, se a mesma mão que afaga é a mesma que cobra e que derruba? A mesma sociedade que despeja toneladas de alimentos calóricos e gordurosos é a mesma que lá na frente exige magreza nos desfiles de moda. Que dita a moda, que exige meninas anoréxicas desfilando com ossos à mostra.
É brincadeira.

Apesar de todo o apelo da medicina, que trabalha em prol de uma sociedade mais saudável, cresce o número de pessoas com obesidade mórbida. Comer muito já faz parte da nossa rotina e não adianta malharmos feito uns loucos se o veneno entra pela boca e não sai pelos poros. Fica andando pelas artérias e se instala em vários órgãos.

O sonho de todo o gordo é ser magro. Magro saudável, magro comendo. Todos nós temos alguém conhecido vivendo numa gangorra infernal do engorda-emagrece, algo que desanima, que faz com que os gordos duvidem das próprias forças, pois são muitas as ofertas, e as tentações.

Por outro lado é difícil ajudar um gordo: não sei por que, mas nós temos uma mania horrorosa de lhes oferecer a última bolacha, a última fatia da torta... Nada pode voltar à despensa com um gordo à mesa; não combina.

E todos ajudam a fazer um gordo mais feliz nas refeições...
- Mais um pouquinho, mais um docinho, ah vá!! Não faça beicinho... você adora comer!

E lá vai o pobre gordo comer tudo, sorrindo e louco de faceiro, acreditando que a última bolacha é inofensiva.
É difícil.

Mas, também tive a oportunidade de ver alguns vencedores. Vi o quanto valeu uma luta! Hoje, não são mais vistos como os diferentes; não são nem magros, nem gordos, se tornaram simplesmente uns felizes anônimos misturados à multidão, como sempre desejaram.

Emagrecer para um gordo não é batalha, é guerra, é superação. Mas alguns vencem, apesar das marés. Só que para estes, a guerra continua...
A recaída é o grande inimigo.

domingo, 21 de agosto de 2011

NOITE DE INSÔNIA

É curioso como pensamos coisas estranhas numa noite de insônia. Estranho como lembramos de gente ausente e que aparecem de repente na solidão de nossas madrugadas. Minha insônia está começando... E não adianta contar carneirinhos. Tenho de enfrentar e tentar levar numa boa, pois algo deve ter acontecido que meu inconsciente resolveu contestar e tirar uma de bacana: acabar com meu sono.

Estou lembrando de uma conhecida que morou na minha rua há mais de dez anos. Quando seu marido aposentou-se, ela entrou em depressão. O homem passou a ser o dono do lar, a fiscalizar a cozinha, banheiros, forrar latas de lixo, fazer o rancho e dar ordens à faxineira. E a mulher ficou no vazio: não sabia mais o que fazer, o que administrar. Um dia chegou pra mim e disse: 'Ele implica até com o pano de prato!'

- Péra, explica!!!
- Pra ele, o pano de prato tem de ser dependurado pela ponta!!!

E veio à minha cabeça o grande número de separações que se dá neste período da vida. Os casamentos novos aguentam - segundo estatísticas - uma média de três anos; os casamentos mais antigos entram em crise quando um ou os dois se aposentam e passam a viver 24 horas juntos. E daí em diante minha noite foi pro brejo, minha mente andou por diversos lugares e situações.

Mas fiquei pensando no pano de prato dependurado pela ponta... Bem, senti o drama da mulher; fiquei pensando nessas pessoas que se aposentam e infernizam a vida dos outros. Não sei por que pensamos e nos envolvemos com os outros até nas nossas insônias. Depois de muito pensar, nos tantos porquês da vida, fiquei encucada: o que tenho eu a ver com a aposentadoria e com o pano de prato de um homem que mal conheço? Caramba!!

Na verdade, quisera eu ter esquecido da vizinha e dos seus problemas. Se fosse com filhos e marido, vá lá. Porém, vivemos num mundo em que as pessoas se entrelaçam e se enroscam: vizinhos, parentes, colegas de trabalho, conhecidos... Tudo como se fôssemos uma corrente - elos ligados uns aos outros. E só nos separamos quando um dos elos se rompe.

Uns palpitando na vida dos outros. Convenhamos, quem não gosta de saber um pouco da vida alheia? Você? Ahhh... fale a verdade, vá! Quem não gosta de saber de um caso meio apimentado que rola na mídia, no condomínio, na família do cônjuge, no trabalho?

Esqueço da coitada da vizinha e lembro de uma conhecida de 85 anos que só vejo nos velórios. Existem umas pessoas que a gente só vê uma vez na vida e outra na morte. No caso dela... Sempre nos velórios. Pinta um velório tá lá a véia feito um urubu, como aconteceu há três dias que encontrei a criatura toda arreganhada, demonstrando muitas saudades minhas. Mas já fiquei meio intrigada ao vê-la; é conhecida como pé frio, tanto que já enterrou metade da família e amigos.

De mansinho, foi se encostando em mim e disse bem baixinho:

- Faz uma cara de consternada, sofre um pouco, minha filhinha!
- Péra, mas eu mal conheço o defunto! Sofra você que é da família.
- Minha filha, estou fazendo teatro. Este aí já se ferrou mesmo!


Chega! Vi o bastante: altos soluços, caras e bocas, grandes abraços e consternados afagos. Na verdade, em qualquer velório todos procuram à cafeteria pra mudar de clima, pra respirar vida. Para falarem o quanto a fulana - lá do canto - despencou... Tirando pai, mãe, filhos e netos o resto é conversa pra bistrô regado a quitutes, já que nada vai mudar muito.

Pra falar mais a verdade, adoro histórias de família; quebra a monotonia do cotidiano e me permite estudar mais a fundo o comportamento de nossa sociedade, meio que naufragando num mar de lama. Sou um pouco chegada à psicanálise, ao estudo da mente humana e de suas manifestações.

Esta noite pensei muita coisa, mas fico por aqui, já é o suficiente.
O dia já está clareando.

sábado, 20 de agosto de 2011

Abra sua porta...

Em Apocalipse 3:20 Jesus nos fala: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.”

Deus está nos chamando para viver algo diferente com Ele. Algo que talvez até hoje você não tenha vivido. Existe uma grande diferença entre saber quem é Deus e ser amigo de Deus. Quando entendemos que Deus está batendo à nossa porta e resolvemos abrir o nosso coração para ele, passamos a viver coisas maravilhosas que só poderemos entender se andarmos e pensarmos pelo mundo espiritual…

Este texto nos aponta 2 fatos importantes:

1.) Deus está a nossa porta constantemente e só entrará em nosso lar (coração) se dermos passagem para ele. Deus é um cavalheiro. Ele nunca irá estourar o trinco da porta e entrar forçadamente em sua casa. Deus respeita o nosso livre arbitrio. Diferentemente de satanás que entra sem pedir permissão e faz de nossos corações uma enorme zona. Mas, quando se trata de nosso coração a famosa lei da física que diz que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço passa a ser realidade no mundo espiritual. Ou seja, a partir do momento que abrimos a porta e pedimos para Deus entrar, estamos automaticamente despejando satanás de nossa casa, pois não existe a possibilidade de os 2 habitarem em nossos corações.

2.) Quando Deus entra em nosso lar (coração), passamos a ter intimidade com Ele. O texto acima fala que quando Deus entra em nosso lar, ele ceia conosco. O ato de ceiar com alguém é um vinculo de intimidade. Não se ceia ou se convida alguém para almoçar em sua casa se você não tiver intimidade com essa pessoa. Devemos perceber também que Deus fala que Ele ceiará conosco e nós com Ele. Isso significa que compartilharemos tudo. Entregaremos nossos planos, sonhos, louvor, vida para Deus e Ele nos dará vida eterna, segurança, paz, amor, muito Amor, prosperidade, alegria de viver, experiências espirituais, a honra de ser chamado de filho de Deus, poder, sonhos muito mais altos do que os nossos. Parece que quando convidamos Deus para ceiar conosco, Ele traz a maior parte do banquete.

Convide hoje Deus para entrar em seu coração e desfrute desta intimidade que ele nos oferece.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Guarda o teu coração!!!

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.”(Provérbios 4:23)

Há uma famosa frase que as pessoas falam em momentos de conselho para decisões difíceis: FAÇA O QUE O SEU CORAÇÃO MANDA.

Nosso coração (nossos sentimentos) é o responsável por ordenar as nossa atitudes. Tudo o que decidimos fazer está totalmente relacionado com os nosso sentimentos. Por isso exite uma grande importância em guardarmos o nosso coração, para que tudo o que venhamos a fazer seja bem direcionado.

O nosso coração não dita as ordens, mas ele as transmite. Para isso algo precisa dominá-lo. A palavra de Deus fala em Gálatas 5:17 “Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro;”

Isso significa que existe uma luta entre a nossa carne e o nosso espírito pelo dominio do nosso coração. Aquele que tiver o controle do nosso coração, irá ter o controle de nossa vida. Se nós deixarmos que a nossa carne domine o nosso coração, iremos tomar atitudes que possam satisfazer a nossa carne; se deixarmos o nosso espírito dominar o nosso coração, iremos tomar atitudes que satisfaçam a Deus, pois quando andamos pelo espírito, agradamos a Deus.

Quando deixamos a nossa carne dominar o nosso coração, estaremos com o nosso coração desprotegido, e a tendência de moldarmos o nosso caráter com as obras da carne é imensa. Mas quando entregamos o controle do nosso coração ao nosso espírito, passamos a viver o caráter de Cristo. Nos tornamos referencial e temos a nossa vida totalmente transformada.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

DEUS OU RELIGIÃO?


Há pessoas que acham que são ateias(ateus) só pelo fato de não acreditarem em uma religião.

O ateu não é aquele que não acredita em religião(Porque a religião não é Deus). O ateu é aquele que não crê em Deus.

Só que parece difícil as pessoas imaginarem um relacionamento de fé com Deus sem a religião. Por isso preferem dizer que são ateias(ateus).

Mas o verdadeiro ateu é aquele que não reconhece a existência de Deus(independente de religião); ou seja, é aquela pessoa que, na sua consciência, sabe que há um Deus mas não quer dar o braço a torcer. Isso é teimosia pura.


Porque Deus criou o homem com a consciência da sua existência; e no seu íntimo, o homem sabe que existe um Deus, só não quer reconhecer, o que o torna tolo. Por isso está escrito: "O homem tolo diz no seu coração: Não há Deus."

O fato é que as religiões funcionam como uma espécie de fuga, e foram criadas pelos homens. Por isso há tantas por aí. Porque o homem é confuso.


Ora, se existe um só Deus, e existe, porque há tantas religiões falando em seu nome?

Sinceramente, não vejo as religiões como caminho para Deus, porque se assim fosse haveriam vários deuses, um para cada religião(O que não é verdade).

Parece que a religião é a forma que o homem encontrou para tentar justificar para si mesmo, e principalmente para os outros, a sua fé, mas que na verdade acaba revelando a sua falta de fé em Deus somente.

Porque, segundo está escrito, Deus procura pessoas que o adorem em espírito e em verdade. Por isso penso que cada pessoa deve buscar a Deus com o seu próprio coração, em verdade. Porque está escrito que quem pede recebe, e também que aquele que procura a Deus, de todo o coração, o encontra.

Porque creio que Deus é poderoso para se revelar e falar com quem quiser, onde quiser e como quiser, sem religião.

Porque a religião fala em nome de Deus, mas não fala por Deus(Porque Deus tem boca própria). A religião não é porta voz de Deus. Ele não precisa disso.


Na verdade a religião é usurpadora, ela tenta roubar o lugar de Deus, se colocando como deusa e dominando as pessoas com seus dogmas incrédulos.

Por isso, não acredito em religiões, creio somente em Deus e que ele enviou o seu Filho para salvar e dar a Vida Eterna a todo aquele que crê. O que basta. Fé.

Alex Inocencio

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

SOBRE CONHECER O AMOR

Há pessoas que são bem entendidas na questão do seduzir, ficar, beijar e transar(Ou pelo menos acham que são). Mas não conhecem o amor.

Há pessoas que entendem bem de paixões e romances(Ou pelo menos acham que entendem). Mas não conhecem o amor.

Há pessoas que já foram de tantos e tantas, que nunca serão de ninguém. Não conhecem o amor.

Há pessoas que já tiveram muitos por um momento, já se entregaram a muitos por um momento. Mas não conhecem o amor.

Há pessoas que nunca amaram e jamais amarão de verdade, e que também nunca se sentirão amadas de verdade. Porque quem não ama não percebe o amor e estará sempre a espera de uma nova paixão.


Mas quem ama de verdade quer estar ao lado de alguém que também ama de verdade. E quem ama de verdade sabe o que é amor.

E PARA QUEM AMA DE VERDADE, O AMOR É SUFICIENTE.

Alex Inocencio

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Mulheres

"Certo dia parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas. São espiãs. Espiãs de Deus, disfarçadas entre nós.

Pare para refletir sobre o sexto-sentido.
Alguém duvida de que ele exista?

E como explicar que ela saiba exatamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja aquela que dá em cima de você?

E quando ela antecipa que alguém tem algo contra você, que alguém está ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento?

E quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco? Rio de Janeiro, 40 graus, você vai pegar um avião pra São Paulo. Só meia-hora de vôo. Ela fala pra você levar um casaco, porque "vai fazer frio". Você não leva. O que acontece?
O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas, depois que você já entrou, antes de decolar. O ar condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro!
"Leve um sapato extra na mala, querido.
Vai que você pisa numa poça..."
Se você não levar o "sapato extra", meu amigo, leve dinheiro extra para comprar outro. Pois o seu estará, sem dúvida, molhado...

O sexto-sentido não faz sentido!

É a comunicação direta com Deus!
Assim é muito fácil...
As mulheres são mães!

E preparam, literalmente, gente dentro de si.
Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal?

E não satisfeitas em ensinar a vida elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral.
Fala-se em "praga de mãe", "amor de mãe", "coração de mãe"...

Tudo isso é meio mágico...
Talvez Ele tenha instalado o dispositivo "coração de mãe" nos "anjos da guarda" de Seus filhos (que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança).

As mulheres choram. Ou vazam? Ou extravazam?

Homens também choram, mas é um choro diferente. As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens...

É choro feminino. É choro de mulher...

Já viram como as mulheres conversam com os olhos?

Elas conseguem pedir uma à outra para mudar de assunto com apenas um olhar.
Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar.
E apontam uma terceira pessoa com outro olhar.
Quantos tipos de olhar existem?

Elas conhecem todos...

Parece que freqüentam escolas diferentes das que freqüentam os homens!
E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens.

EN-FEI-TI-ÇAM !

E tem mais! No tocante às profissões, por que se concentram nas áreas de Humanas?
Para estudar os homens, é claro!
Embora algumas disfarcem e estudem Exatas...

Nem mesmo Freud se arriscou a adentrar nessa seara. Ele, que estudou, como poucos, o comportamento humano, disse que a mulher era "um continente obscuro".
Quer evidência maior do que essa?
Qualquer um que ama se aproxima de Deus.
E com as mulheres também é assim.

O amor as leva para perto dEle, já que Ele é o próprio amor. Por isso dizem "estar nas nuvens", quando apaixonadas.
É sabido que as mulheres confundem sexo e amor.
E isso seria uma falha, se não obrigasse os homens a uma atitude mais sensível e respeitosa com a própria vida.
Pena que eles nunca verão as mulheres-anjos que têm ao lado.
Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres a maior parte do tempo.
Mas elas são anjos depois do sexo-amor.
É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos.
E levitam.
Algumas até voam.
Mas os homens não sabem disso.
E nem poderiam.
Porque são tomados por um encantamento
que os faz dormir nessa hora."

Luís Fernando Veríssimo

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Sol no muceque

Redonda lâmpada acesa
a amarela luz alastrando-se
por sobre o zinco das cubatas
Os fartos cabelos
das mulembeiras
raparigas cartando água
no chafariz
Meninos de barriga inchada
brincando com bola ou
tampas de garrafa

João Melo
(Poemas angolanos)

domingo, 14 de agosto de 2011

Vai-vem


Nesta ansiedade que minh'alma tem,
que faz de mim um sonhador fecundo,
- deixei a noite, a treva, deste mundo,
buscando o sol, a luz, além... além...

Achei a luz; mas (pobre vagabundo!)
não tive tempo de gozar o bem.
- Sei lá por que fatídico vai-vem
eu volto ao mesmo escuro, ao mesmo fundo!...

É, sempre, a par da glória a desventura.
O que ora nos alegra, e nos enleva,
depois nos entristece, e nos tortura...

Mais nada nesta vida me seduz.
- Só me custa voltar da luz à treva,
eu que já fui da treva para a luz.

Geraldo Bessa Victor
(Poesia Africana)

sábado, 13 de agosto de 2011

O menino negro não entrou na roda...


O menino negro não entrou na roda

O menino negro não entrou na roda
das crianças brancas - as crianças brancas
que brincavam todas numa roda viva
de canções festivas, gargalhadas francas...

O menino negro não entrou na roda.

E chegou o vento junto das crianças
- e bailou com elas e cantou com elas
as canções e danças das suaves brisas,
as canções e danças das brutais procelas.

O menino negro não entrou na roda.

Pássaros, em bando, voaram chilreando
sobre as cabecinhas lindas dos meninos
e pousaram todos em redor. Por fim,
bailaram seus vôos, cantando seus hinos ...

O menino negro não entrou na roda.
"Venha cá, pretinho, venha cá brincar"
- disse um dos meninos com seu ar feliz.
A mamã, zelosa, logo fez reparo;
o menino branco já não quis, não quis ...

o menino negro não entrou na roda.

O menino negro não entrou na roda
das crianças brancas. Desolado, absorto,
ficou só, parado com olhar cego,

ficou só, calado com voz de morto.


Geraldo Bessa Victor
(Poesia Africana)

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Ramo de Margaridas

Eram tantas as margaridas que trazias naquele ramo!
Era tanta a ansiedade para eu as abraçar!
Era tanta a expectativa que eu as adorasse!
Que eu fiquei atónita…a delirar!

Para mim?
Aquele ramo era mesmo para mim?
E eu ali com tanta gente a rodear-me,
Sem se aperceberem da vaidade que sentia,
Do orgulho que me enchia o peito,
Sem qualquer jeito!

Deixaste-me o colo cheio de pétalas de cores,
E saíste!
Tão rápido como entraste.
E o orgulho que me tinha enchido o peito,
e a vaidade que me ruborizava as faces,
fez-me encher de novo o peito,
desta vez de qualquer jeito!

O resto da noite de ribalta,
Onde eu brilhava, naturalmente…
Ganhou uma cor diferente!
(sem tu imaginares)
Porque mesmo sem as flores no colo,
Eu tinha a alma repleta de margaridas,
E sorria, sorria e sorria…
Não pela noite de alegria,
Mas pelo que eu sentia!
Uma surpresa contida,
uma emoção escondida…

Obrigatoriamente!

Nota:
As margaridas não chegaram a murchar…
porque o branco e o amarelo fez o ramo muito BELO!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

ABRAÇO...

Afinal tudo pode ter o seu encanto.
Mesmo nos sítios mais obscuros e improváveis,
pode haver uma luz em qualquer recanto,
que torna alguns momentos bem louváveis.

Ontem…num desses sítios às escuras,
Mesmo debaixo duma névoa inconstante,
provaste-me que aquilo que procuras,
te ajuda a ver o mal…muito distante!

E quando essa névoa se dissipou,
e por momentos houve uma nesga de céu que se abriu,
algo em mim se fez dia e disparou.
E quase tudo em que eu acreditava,
pura e simplesmente se escapuliu!

Olhei para ti, como se se tratasse da primeira vez.
Fazia tanto tempo…mas era como se tivesse sido ontem.
Vi-te de novo, com os meus olhos de menina latente
e abracei-te bem forte.
Mas não quero que te contem,
que te sonhei dias a fio,
porque sempre estiveste bem presente.

No fundo…renasci.
De algo que já julgava esquecido.
Dei o dia como ganho e rendi-me.
Afinal…
eu nunca te tinha perdido!

LC

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Decepção não mata, ensinar a viver...

A Decepção é algo que doí, é algo que clareia nossas vistas...

A Decepção faz desacreditar de sonhos e chorar um pranto sentido.

A Decepção faz desacreditarmos de algumas coisas, de algumas amizades, de algum amor...

A Decepção faz sentir vontade de recomeçar, vontade de sumir e vontade de brigar.

A Decepção faz sua cabeça pensar, seu coração fechar e sua mente vagar.

A decepção é algo triste, principalmente quando existiu dedicação, entrega de carinho, amor e amizade.
Realmente decepcionar-se não é nada legal, muito menos gostoso. Mas eu sei que toda dor tem uma finalidade, toda decepção tem um porque, mesmo que você tenha feito tudo certo, você pode aprender a não acreditar em tudo nem em todos em uma próxima vez. E os seus erros antigos provavelmente não tornarão a acontecer...

Ver que nem tudo que reluz é ouro, ah e como não é! Não tenha medo daquela pessoa brusca e que diz o que tem que dizer, tenha medo de quem te trata bem até demais, daquela que não tem coragem de dizer o que pensa pra você, a apunhalada pelas costas pode ser ainda maior.

Não estou fazendo um protesto contra os bonzinhos, não é isso, estou fazendo um protesto contra a Mentira, a Falsidade, o Egoísmo e a Ingratidão, aquilo que faz você se decepcionar...

Não deixe de acreditar, apenas desconfie, uma pitadinha de desconfiança é como escudo para decepções futuras...

Acredito também que não se resume só a outra pessoa decepcionar pois se a gente também se decepciona é porque esperamos demais de uma outra pessoa, mas também não considero que seja um erro sozinho, é um erro mútuo, não podemos tirar a parte de quem decepcionou já que a maldade poderia não existir.

Portanto a Decepção não Mata, com certeza doí muito e em alguns casos parece que a dor fez um buraco imenso dentro do seu peito... Mas não mata, no entanto que ela te ensinará a viver.

Uma maior percepção, uma certa maturidade e um pouquinho de pouca inocência... sempre aprendemos alguma coisa seja no amor ou na dor.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

INTEGRIDADE...

Em um antigo mosteiro do Nepal, os monges enfrentavam sérias dificuldades financeiras. O templo estava em ruínas, mal tinham para o sustento diário. Viviam de doações e esmolas. Muitos monges começaram a reclamar das más condições de vida, da fome e da falta de tempo para meditar, uma vez que passavam muito tempo pela cidade pedindo esmolas.

O mestre respondeu às reclamações com uma proposta:

_ Eu tenho uma solução simples para reformarmos o templo e encontrarmos mais tempo livre para meditar e estudar.

Os discípulos se reuniram ao redor do mestre, curiosos para ouvir a solução de seus problemas. O mestre prosseguiu:

_ Cada um de vocês deve ir até a cidade e roubar algo valioso, que possa render um bom dinheiro para o mosteiro. Com o dinheiro que vocês conseguirem, teremos uma boa quantia.

Uma onda de perplexidade e murmúrios tomou conta do lugar. Os monges se perguntavam como o mestre pôde dar uma ordem dessas, tão antiética. Como tinhas grande confiança no mestre, ninguém questionou.

O mestre prosseguiu:

_ A única coisa que peço a vocês é que roubem apenas quando tiverem certeza de que ninguém está olhando. Não quero que vocês manchem a nossa honra e o nosso reconhecimento junto ao povo da vila.

Assim que o mestre saiu da sala, todos começaram a planejar o que iriam roubar na vila e como proceder. Muitos ainda estavam incrédulos e discutindo com os colegas, pois roubar é errado. Não entendiam a ordem do mestre.

Depois de certo tempo, todos já tinham um plano e saíram para a vila. A principal preocupação, porém, era não serem pegos, para não difamarem o mosteiro. Apenas um monge permaneceu no mosteiro. O mestre, ao andar pelo pátio, viu esse monge e foi ao seu encontro.

_ O que você está fazendo aqui? – perguntou.

_ Eu fiquei pensando sobre a sua instrução de roubar apenas quando ninguém estiver olhando e vi que isso será impossível. Não importa onde eu vá ou quanto tempo eu esperar, sempre estarei olhando para mim mesmo. Meus olhos me verão roubando.

_ Que pena que você foi o único a ver isso. Eu estava testando a integridade dos meus discípulos e você foi o único que passou no teste.


PARA REFLETIR


Testes de integridade são muito comuns em nosso dia-a-dia. Subornos,comissões, mensalão, etc. são várias formas de nos corromper. Ás vezes, um pedido simples de chefe ou de um amigo pode nos por em uma situação complicada, na qual devemos escolher entre atender ao pedido ou ser coerente com nossa consciência. Ambas as ações terão conseqüências e devemos assumi-las com serenidade. Tente ser sempre fiel aos seus princípios, mesmo que isso às vezes entre em conflito com as outras pessoas. Questione os pedidos que lhe são feitos. Você deve ser juiz de suas ações, por isso seja muito rigoroso na defesa de suas virtudes.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Sedução

A poesia me pega com sua roda dentada,
me força a escutar imóvel
o seu discurso esdrúxulo.
Me abraça detrás do muro, levanta
a saia pra eu ver, amorosa e doida.
Acontece a má coisa, eu lhe digo,
também sou filho de Deus,
me deixa desesperar.
Ela responde passando
a língua quente em meu pescoço,
fala pau pra me acalmar,
fala pedra, geometria,
se descuida e fica meiga,
aproveito pra me safar.
Eu corro ela corre mais,
eu grito ela grita mais,
sete demônios mais forte.
Me pega a ponta do pé
e vem até na cabeça,
fazendo sulcos profundos.
É de ferro a roda dentada dela.

Adelia Prado

domingo, 7 de agosto de 2011

CASAMENTO...




















Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinho na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como "este foi difícil"
"prateou no ar dando rabanadas"
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.

Adélia Prado

sábado, 6 de agosto de 2011

AMOR....













Aos que não casaram,
Aos que vão casar,
Aos que acabaram de casar,
Aos que pensam em se separar,
Aos que acabaram de se separar.
Aos que pensam em voltar...


Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja.
O AMOR É ÚNICO,
como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.

A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue,
A SEDUÇÃO
tem que ser ininterrupta...

Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança, acabamos por sepultar uma relação que poderia
SER ETERNA

Casaram. Te amo pra lá, te amo pra cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas.
Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes, nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada,
RESPEITO.
Agressões zero.

Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência... Amor só, não basta. Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura, para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver
BOM HUMOR
para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.
Tem que saber levar.

Amar só é pouco.
Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas para pagar.
Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar.
Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.

Entre casais que se unem , visando à longevidade do matrimônio, tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um.
Tem que haver confiança. Certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão.
E que amar "solamente", não basta.

Entre homens e mulheres que acham que
O AMOR É SÓ POESIA,
tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado.

O amor é grande, mas não são dois.
Tem que saber se aquele amor faz bem ou não, se não fizer bem, não é amor. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.
O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.

Um bom Amor aos que já têm!
Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!

Artur da Távola

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A Vida é como jogar...

















A vida é como jogar uma bola na parede:
Se for jogada uma bola azul, ela voltará azul;
Se for jogada uma bola verde, ela voltará verde;
Se a bola for jogada fraca, ela voltará fraca;
Se a bola for jogada com força, ela voltará com força.
Por isso, nunca "jogue uma bola na vida" de forma que você não esteja pronto a recebê-la.
A vida não dá nem empresta; não se comove nem se apieda.
Tudo quanto ela faz é retribuir e transferir aquilo que nós lhe oferecemos.

Albert Einstein

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Flores CAIDAS

Se você vê uma flor caída no chão o que você faz?

Seja em qualquer metrópole, bairro, rua que caminhamos sempre encontramos dessas rosas caídas no chão. Umas bonitas, rasgadas pelo tempo e o esquecimento, isoladas, unidas, outras presas ainda em seus galhos. Rosas com fragrâncias esquecidos no tempo, na maresia, na chuva, no sol quente castigado, nos rios, viadutos, pontes, becos, calçadas, caixas de papelão...

Flores, rosas, flores, rosas, flores.

As flores de uma sociedade esquecida e que se transpassam nos dias e tropeços dos anos. Como se fosse uma batalha de sobrevivência e desencontro consigo mesmo e com o mundo.
Essas flores respiram para não se perderem ainda mais, comem para conseguir chegar a um abrigo “seguro” onde se quer nomeiam de casas, mas de palácios.
Elas têm sonhos e olhos, olhos que já se cansaram de ver o medo dos olhos de rosas e flores, estilosas, ricas, ignorantes, secas, rudes, infelizes...

Essas Flores são de um jardim estridente e triste, um jardim que aos olhos humanos sofrem as mudanças do mundo, pela sua suposta ausência de jardineiro. Sobrevivem, gargalham, comem, falam para platéias de passos e repassos. Recebem um cuidado excepcional pelas chuvas de esperanças e amor, que o maior jardineiro e ÚNICO que se importa com o cultivo dessas flores lindas e especiais: JESUS CRISTO.

Essas flores e rosas cultivadas nesse jardim chamado sociedade são: os moradores de ruas.

Para seus olhos eles ainda são flores ou medingos?

Sharlys Jardim

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Prisioneiros...

Encarcerados em celas grotescas, sujas, desoladas, obscuras e ilusórias.
As típicas características desses prisioneiros se dão na carência considerável de atenção e destaque. Diferem-se também pela sua fácil capacidade de fugir de suas angústias, medos, perturbações. Usando de meios fáceis, apetitosos e aparentemente “simples”.


Todos os prisioneiros se destacam pelos seus pontos fracos aparentemente fortes, desequilibrados e desafiadores, pois, mesmo estando em suas prisões, sempre querem cavar o maior buraco de sua cova. Cova essa que se solidifica de teias de orgulho, radicalidade e solidão.

Os prisioneiros têm famílias e mesmo assim se sentem desolados. Passam por jardins e gramas para pegarem as pedras, drogas, álcool, cigarros e êxtases. Sua demonstração de posição e personalidade se da pela linda e estridente morte de espírito, levando a uma agressão tanto física quanto moral

Conhece os prisioneiros?
Prisioneiros de vício, prisioneiros de uma ausência de verdade e posição.

Os jovens cada vez mais estão buscando essas prisões, buscando o prazer pelo prazer, o ter pelo ter, o conquistar por conquistar, o desafiar por desafiar...
A cada dia que passa as seduções e as promessas ilusórias fazem a cabeça desses “inocentes” jovens prisioneiros. Seja pelo álcool, desamor, infidelidade, prostituição...

A Convivência com esses prisioneiros é um desafio constante e desgastante, pois, para os encarcerados tudo não passa de uma diversão, mas para os telespectadores com funções de estruturas e alicerces familiares é uma constante luta e dor.

Até que ponto vale a pena ser prisioneiro de uma felicidade prisioneira?

Sharlys Jardim

terça-feira, 2 de agosto de 2011

VOE...

Voe pra longe... um lugar bonito e sereno
Em busca da liberdade e democracia.
Agora grito mas eles não podem me ouvir
Estou perto mas o que digo se mistura a ecos.


O chão está sujo e a doença se plorifera
Homens se deitam sem cobertor e comida...
E na rua transita as pessoas de grande poder
Piedade nobre senhores! Os pobres estão a morrer!


No espelho o que se vê tremenda guerra social
No país da ordem e progresso as faces de um Brasil desigual.
O trabalhador digno dia -a- dia luta pelo seu pão
Mas quem pouco trabalha ganha fácil um milhão.


De quatro em quatro anos somos vistos de modo igual
Carrega-nos de esperanças cheios de indignação.
E o discurso que luta por um mundo melhor
Em muita das vezes é apenas uma ilusão.

Fernanda Karklins

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Refúgio...

Sobre as folhas secas,
O ambiente parece inerte
Vozes ecoam em minha cabeça
Idéias saltam em alta pressão
Prefiro não dizer nada e conter a emoção
Sento- me embaixo de uma árvore
Tento conter meus pensamentos
Porém é mais forte do que eu
Penso em ti a todo momento
A solidão é meu refúgio
Sabe ouvir-me calmamente
Traz paz ao espírito
De um ser humano inconsequente
A brisa levemente toca-me os cabelos
E os pássaros cantarolam uma canção
Que parece contar o que sinto no fundo do coração
O sol já vai se pondo
Preciso partir
Passo a passo a caminhar
Sem destino
Sem rumo
E sem ar.

Fernada Karklins

Amar talvez seja isso... Descobrir o que o outro fala mesmo quando ele não diz.

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MINAS, Brazil
"Compreendi que VIVER é ser LIVRE... Que ter amigos é necessário... Que lutar é manter-se vivo. Apreendi que O TEMPO CURA... Que MAGOA PASSA... Que DECEPÇÃO NÃO MATA. Que hoje é reflexo de ontem... Que os VERDADEIROS amigos permanecem... Que os FALSOS, graças a Deus VÃO EMBORA... Que DOR FORTALECE. Aprendi que sonhar NÃO é fantasiar... Que a beleza não está no que vemos, e sim no que sentimos. Que o segredo da vida é VIVER."

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