
Seja em qualquer metrópole, bairro, rua que caminhamos sempre encontramos dessas rosas caídas no chão. Umas bonitas, rasgadas pelo tempo e o esquecimento, isoladas, unidas, outras presas ainda em seus galhos. Rosas com fragrâncias esquecidos no tempo, na maresia, na chuva, no sol quente castigado, nos rios, viadutos, pontes, becos, calçadas, caixas de papelão...
Flores, rosas, flores, rosas, flores.
As flores de uma sociedade esquecida e que se transpassam nos dias e tropeços dos anos. Como se fosse uma batalha de sobrevivência e desencontro consigo mesmo e com o mundo.
Essas flores respiram para não se perderem ainda mais, comem para conseguir chegar a um abrigo “seguro” onde se quer nomeiam de casas, mas de palácios.
Elas têm sonhos e olhos, olhos que já se cansaram de ver o medo dos olhos de rosas e flores, estilosas, ricas, ignorantes, secas, rudes, infelizes...
Essas Flores são de um jardim estridente e triste, um jardim que aos olhos humanos sofrem as mudanças do mundo, pela sua suposta ausência de jardineiro. Sobrevivem, gargalham, comem, falam para platéias de passos e repassos. Recebem um cuidado excepcional pelas chuvas de esperanças e amor, que o maior jardineiro e ÚNICO que se importa com o cultivo dessas flores lindas e especiais: JESUS CRISTO.
Essas flores e rosas cultivadas nesse jardim chamado sociedade são: os moradores de ruas.
Para seus olhos eles ainda são flores ou medingos?
Sharlys Jardim
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