sábado, 31 de março de 2012

SÉTIMA DOR...

... et posuit eum in monumento quod
erat excisum de petra.
S. Marc., XV, 46


















I
Só! e ao redor de ti, Senhora, olhaste:
Gemia a solidão de extremo a extremo.
E o infinito silêncio interrogaste
Com a clemência do teu olhar supremo.

Goivos tristes penderam, suaves, da haste,
Orvalhados na dor do pranto extremo,
Os mesmos olhos com que tu choraste
Quando ouviste rugir o ódio blasfemo.

Asas de cisne, além, pairava, incerto,
O ermo clarão do luar sobre o deserto,
Indefinido e irial, dos olhos teus...

Virgem da Soledade, ancila triste,
Ah! quem dissera a mágoa que sentiste:
Ser do Céu e viver longe de Deus!

V

Havias, pois, de vê-Lo, muito em breve,
Na suprema hierarquia do infinito,
No trono de ouro nacarado em neve,
Sublime e santo, como estava escrito.

Mas, agora, choravas. E que leve
Véu te enublava o olhar nos astros fito:
A lembrança cruel da Parasceve
Vinha magoar-te o coração bendito.

Ei-Lo embaixo da Cruz pesada e amara,
Que envilecera a tantos, mas que santa,
Por Lhe haver dado a morte, se tornara.

Sobe, gemendo, as infernais escarpas:
Na eternidade um coro se alevanta
De violinos, de cítaras e de harpas...

sexta-feira, 30 de março de 2012

SEXTA DOR...

Joseph autem mercatus sindonem
et deponens eum envolvit sindone...
S. Marc., XV, 46


II

O teu nome, Senhora, é a estrela da alva
Que entre alfombras de nuvens irradia:
Salmo de amor, canto de alívio, e salva
De palmas a saudar a luz do dia...

Pela primeira vez, quando a veste alva
A mão do Sacerdote me vestia,
Ouvi-o: e na hora batismal, oh! salva
A alma que o santo nome repetia...

Foram-se os anos... e sonho que me segue
A doçura infinita dos teus olhos
Que me dão luzes para que eu não cegue:

Doce clarão de estrela em fins da tarde,
Que há de encontrar-me trêmulo, de giolhos,
Com remorsos de te adorar tão tarde...

IV

E recebeste-O nos teus braços. Vinha
Do alto do Lenho onde estivera exposto
Ao ímpio olhar, tão ímpio! da mesquinha
Multidão que insultava o santo Rosto...

Sangue o Peito suavíssimo continha,
Num resplendor de raios de sol posto...
Oh! Vinha do Senhor, excelsa Vinha
Em cachos siderais de etéreo mosto!

Sangue que se derrama em ondas, sangue
Que para a salvação dos homens, corre
Purpureamente brando, e O deixa exangue...

E que correndo como então corria,
Por toda a eternidade nos socorre
No mistério eternal da Eucaristia...

quinta-feira, 29 de março de 2012

QUINTA DOR.......

Ubi crucifixerunt eum, et cum eo alios duos
hinc et hinc, medium autem Iesum.
S. Joan., XIX, 18



II
E tu, Senhora, cujo olhar tranquilo
De nuvens brancas a minha Alma veste,
Olhar sublime que foi tudo aquilo
Que no Céu encontrei de mais celeste:

Tu, ermida sagrada onde me exilo,
Longe da fome, e sede, e guerra, e peste,
A mostrar-me no Céu, para segui-lo,
Todo o luar da esperança que me deste:

Mãe dolorosa! num momento incerto
Virás abrir-me os rútilos sacrários
De tua Alma que está de Deus tão perto...

Virás, talvez, e então, por certo, as minhas
Mãos de sombra debulharão rosários
Para a maior de todas as Rainhas...

III

De mim piedade vós tereis. Bem ledes
Que espero o que jamais me será dado...
Mas a minha Alma é um templo sem paredes
Em que penetra o sol de cada lado.

Com os vossos olhos sinto que vós vedes
A desgraça em que vivo encastelado...
Oh as sedes siderais! Eternas sedes
Suavizadas no mundo constelado.

Mas com que amor cheio de unção e glória
Convosco chorarei as vossas Dores
Na outra vida e na vida transitória...

E possa eu ver-vos, na hora das Trindades,
Tendo aos pés, em etéreos resplendores,
Tronos, Dominações e Potestades...

IV

Pois sede teve o vosso Filho na hora
Em que Vós, e Elas, a seus Pés vos vistes,
Certo coroadas por suprema aurora,
Mas todas três tão pálidas, tão tristes...

O seu Olhar, cheio de dor, não chora,
Resignado ante as Dores que sentistes,
Vós, torre de marfim, santa Senhora,
Alma que em pranto astral vos diluístes!

E então secos os Lábios, a Garganta
Em fogo, é o instante do cruel martírio:
"Sede"! geme-lhe a Voz que se quebranta.

Na ponta de uma lança ergue-se a Esponja:
Mais se enlanguesce a vossa cor de lírio,
E esse perfil que predizia a monja...

quarta-feira, 28 de março de 2012

QUARTA DOR...

Et bajulans sibi crucem, exivit in eum
qui dicitur Calvarie locum...
S. Joan., XIX, 17


















IV

Nossa Senhora encontra-O... Se não fora
O eterno sopro que do Céu lhe vinha,
Diante dessa visão contristadora,
Certo caíra a pálida Rainha.

É Ele, o seu Filho amado: a luz que doura
O seu cabelo, é sangue: linha a linha,
É sangue o rosto: e a barba, que entre loura
E negra está, clarões de sangue tinha.

Verga-lhe as Pernas o Madeiro: os braços
A sua Mãe estende-lhe, chorando,
Ante a incerteza dos seus pobres Passos.

Sob irrisórios aparatos régios,
Tudo se apronta para o mais nefando,
Para o mais infernal dos sacrilégios...

V

Se puderas, Senhora, nesse instante
Tomar-lhe a Cruz que os Ombros lhe crucia,
E levando-a, seguir agonizante
Pela santa montanha da agonia...

Com que sorriso excelso no semblante,
Por entre sombras de melancolia,
Das nuvens sob o pálio suavizante,
A tua Alma de mãe não seguiria!

Oh Porta celestial do Paraíso,
Ante a esperança dos teus olhos venho
Mover-te à compaixão de que preciso.

Possa eu, Poeta da morte, Alma de assombros,
Um dia carregar o santo Lenho
Sobre o esqueleto dos meus frágeis ombros!

VI

Magnificat anima mea Dominum...

"Bendita sois entre as mulheres!" Puras
Irradiações de salmos encantados
De glória a ti, Senhora, nas alturas,
Por séculos de séculos sagrados.

Vejo, no entanto, as tuas Amarguras...
Senhora, que há de ser dos desgraçados,
Se tu, a mais feliz das criaturas,
Tens os olhos em lágrimas banhados?

Feliz, bem sei, pois és quem Deus mais ama...
"Donde me vem que a Mãe do Verbo eterno
Me venha a mim?" Santa Isabel exclama.

Passa-te na Alma a inspiração sublime:
E dos teus lábios desce o brando e terno
Hino que a glória da tua Alma exprime...

terça-feira, 27 de março de 2012

TERCEIRA DOR...

Fili, quid fecisti nobis sic? ecce pater tinus
et ego dolentes quaerebamus te.
S. Luc., II, 48















V
Mendigo mas do teu Amor sublime,
Que ao pungente fulgor das Sete Espadas
Vem relembrar o inolvidável crime,
Através das esferas consteladas...

Fé, Esperança, Caridade, ungi-me,
Ó bênçãos da maior das Bem-Amadas!
Que eu me eleve a esse Amor que nos redime,
Ao clarão das virtudes consagradas...

Como a estrela de Efrata na sombria
Degolação dos Santos Inocentes,
Olhos, chorai as Dores de Maria.

E se dado vos for chorá-las, tanto
Que em lágrimas cegueis, mudas e crentes,
Bendita seja a noite desse pranto!

segunda-feira, 26 de março de 2012

SEGUNDA DOR ...

Fili, quid fecisti nobis sic? ecce pater tinus
et ego dolentes quaerebamus te.
S. Luc., II, 48


















I
Eram pastores rudes e pastoras
Que o sol do Oriente em beijos enrubesce,
E transforma em visões encantadoras
Na suavidade da alva que amanhece:

Eram bandos de velhos, e de louras
Crianças gentis, as mãos postas em prece,
Frontes humildes, Almas sonhadoras,
Por onde a benção do Senhor floresce:

Era a sublime adoração do povo,
À luz daquele celestial Presepe,
Diante do leito de um menino novo:

Diante do leito em que Ele adormecia,
Hoje de flores, amanhã de crepe,
Berço de Deus, Santo-Sepulcro um dia...

VI

Mãos que os lírios invejam, mãos eleitas
Para aliviar de Cristo os sofrimentos,
Cujas veias azuis parecem feitas
Da mesma essência astral dos olhos bentos:

Mãos de sonho e de crença, mãos afeitas
A guiar do moribundo os passos lentos,
E em séculos de fé, rosas desfeitas
Em hinos sobre as torres dos conventos:

Mãos a bordar o santo Escapulário,
Que revelaste para quem padece
O inefável consolo do Rosário:

Mãos ungidas no sangue da Coroa,
Deixai tombar sobre a minha Alma em prece
A benção que redime e que perdoa!

VII

Doce consolação dos infelizes,
Primeiro e último amparo de quem chora,
Oh! dá-me alívio, dá-me cicatrizes
Para estas chagas que te mostro agora.

Dá-me dias de luz, horas felizes,
Toda a inocência das manhãs de outrora:
As colunas de nuvens em que pises
Transformam-se em clarões de fim de aurora.

Tu que és Rosa branca entre os espinhos,
Estrela no alto mar e torre forte,
Vem mostrar-me, Senhora, os bons caminhos.

Que ao meditar as tuas Sete Dores,
Eu sinto na minha alma a dor de morte
Dos meus pecados e dos meus terrores...

domingo, 25 de março de 2012

PRIMEIRA DOR...

Et tuam ipsius animam pertransit gladius...
São Luc., II, 35


I
Nossa Senhora vai... Céu de esperança
Coroando-lhe o perfil judaico e fino...
E um raio de ouro que lhe beija a trança
É como um grande esplendor divino.

O seu olhar, tão cheio de ondas, lança
Clarões longínquos de astro vespertino.
Sob a túnica azul uma alva Criança
Chora: é o vagido de Jesus Menino.

Entram no Templo. Um hino do Céu tomba.
Sobre eles paira o Espírito celeste
Na forma etérea de invisível Pomba.

Diz-lhe o velho Simeão: "Por uma Espada,
Já que Ele te foi dado e que O quiseste,
A Alma terás, Senhora, traspassada..."

II

Sofrer por Ele! E pálida, ofegante,
Nossa Senhora aperta-O contra o seio.
E nas linhas tranquilas do semblante
Descem-lhe nuvens de magoado anseio.

Sofrer por Quem! Ventura semelhante,
Só a um peito como o seu de estrelas cheio...
Sofrer por Esse que do Céu distante
Na voz do Arcanjo do Senhor lhe veio...

Que lhe importavam lágrimas sem brilho,
Nessas horas de paz erma e saudosa,
Se ela chorava por seu próprio Filho...

Sofrer pela amargura dessa Boca,
E aos Pés depor-lhe a vida desditosa,
Vida que eterna ainda seria pouca!

III

Que lhe importavam lágrimas? Chorasse
Desde o nascer do sol até o sol posto;
Tivesse prantos quando a lua nasce,
Quando, entre nuvens, ela esconde o rosto.

Junto ao seu Berço, a contemplar-lhe a Face,
De Mãe Divina no sublime posto,
Temendo que uma estrela O despertasse,
Gozo teria no maior desgosto.

Por Ele toda a mágoa sofreria...
Ah! corresse-lhe em fonte ardente o pranto
Na paz da noite e nos clarões do dia.

Sofrer por Ele... Sim. Tudo por Esse
A quem beijava os Olhos, mas contanto
Que Ele, o seu Filho amado, não sofresse!

V

Pudesse ela poupar-lhe o sofrimento,
Adivinhar-lhe as dores e os pesares,
Ter poeiras de astros para o mal sedento,
Ter bons olhares para os maus olhares...

De repente, num rútilo momento,
Na Alma surgiu-lhe uma visão de altares:
Era a grandeza do seu Nascimento
No Lar eleito em meio de outros lares...

Mas que fizera para tanta glória,
Sentir a Deus chamá-la Mãe querida,
Ela, mulher, como as demais corpórea?

E a aparição daquele Arcanjo etéreo,
Que lhe anunciara a nova prometida,
Engrinaldou-lhe a fronte de mistério...

VII

Em teu louvor, Senhora, estes meus versos,
E a minha Alma aos teus pés para cantar-te,
E os meus olhos mortais, em dor imersos,
Para seguir-lhe o vulto em toda a parte.

Tu que habitas os brancos universos,
Envolve-me de luz para adorar-te,
Pois evitando os corações perversos
Todo o meu ser para o teu seio parte.

Que é necessário para que eu resuma
As Sete Dores dos teus olhos calmos?
Fé, Esperança, Caridade, em suma.

Que me chegue em breve o passo derradeiro:
Oh! dá-me para o corpo os Sete Palmos,
Para a Alma, que não morre, o Céu inteiro!

sábado, 24 de março de 2012

Setenário das Dores de Nossa Senhora


ANTÍFONA

Volvo o rosto para o teu afago,
Vendo o consolo dos teus olhares...
Sê propícia para mim que trago
Os olhos mortos de chorar pesares.

A minha Alma, pobre ave que se assusta,
Veio Encontrar o derradeiro asilo
No teu olhar de Imperatriz augusta,
Cheio de mar e de céu tranquilo.

Olhos piedosos, palmas de exílios,
Vasos de goivos, macerados vasos!
Venho pousar à sombra dos teus cílios,
Que se fecham sobre dois ocasos.

Volto o peito para as tuas Dores
E o coração para as Sete Espadas...
Dá-me, Senhora, para os teus louvores,
A paz das Almas bem-aventuradas.

Dá-me, Senhora, a unção que nunca morre
Nos pobres lábios de quem espera:
Sê propícia para mim, socorre
Quem te adorara, se adorar pudera!

Mas eu, a poeira que o vento espalha,
O homem de carne vil, cheio de assombros,
O esqueleto que busca uma mortalha,
Pedir o manto que te envolve os ombros!

Adorar-te, Senhora, se eu pudesse
Subir tão alto na hora da agonia!
Sê propícia para a minha prece.
Mãe dos aflitos...

Ave, Maria.

(Hino de Matinas do Ofício das Sete Dores de Nossa Senhora.)

sexta-feira, 23 de março de 2012

E foi então que apareceu a raposa...



















_Bom dia, disse a raposa.
__Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
__Quem és tu? Perguntou o principezinho.Tu és bem bonita...
__Sou uma raposa, disse a raposa.
__Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
__Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
__Ah! Desculpa, disse o principezinho. Após uma reflexão, acrescentou:
__Que quer dizer "cativar"?
__Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
__Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
__Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também.
É a única coisa interessante que eles fazem.Tu procuras galinhas?
__Não,disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
__É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços...".
__Criar laços?
__Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
(...)Minha vida é monótona.(...)
Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois,olha! Vês lá longe,os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
__Por favor... cativa-me! Disse ela.
__Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
__A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos,os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
__Que é preciso fazer? Perguntou o principezinho.
__É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei para o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
__Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!

O PEQUENO PRÍNCIPE

quinta-feira, 22 de março de 2012

Felicidade e alegria são escolhas…

Quer estejamos falando de felicidade ou alegria, é sempre um sentimento interno. Entretanto, existe uma diferença importante: a felicidade do ego geralmente origina-se do mundo físico externo – obter o que pensamos que é necessário para aliviar as ansiedades que temos e atender nossas necessidades de deficiência.
A alegria da alma se origina do nosso mundo mental interno – surge internamente, portanto pode ser cultivado pelas nossas atitudes, filosofias, princípios e nossa maneira de ser no mundo. Felicidade e alegria são escolhas, e estão sob nosso controle.
As fontes de felicidade e alegria em cada nível de consciência são descritas em detalhe abaixo:

Nível 1: Sobrevivência
Se você está funcionado a partir do nível de consciência da sobrevivência, o que lhe faz feliz é satisfazer as necessidades e demandas do corpo através da experiência da comida, bebida, sexo e ausência de dor. Podemos também incluir nesse nível o fato de ter dinheiro suficiente e segurança para sentir segurança e conforto no mundo.

Nível 2: Relacionamentos
Se você está funcionado a partir do nível de consciência dos relacionamentos, o que lhe faz feliz é satisfazer suas necessidades e demandas de amor e pertencimento através da experiência da aceitação, respeito, conexão, camaradagem e comunicação aberta.

Nível 3: Autoestima
Se você está funcionado a partir do nível de consciência de autoestima, o que lhe faz feliz é satisfazer sua necessidade e ânsia por valor próprio, experimentadas através das ações que tragam elogio, apreciação, reconhecimento, realização, reconhecimento e recompensa.

Nível 4: Transformação
Se você está funcionado a partir do nível de consciência da transformação, o que lhe faz feliz é satisfazer sua necessidade de liberdade e autonomia, e ter situações e experiências de vida e trabalho que desafiam sua mente para crescer e aprender continuamente.

Nível 5: Coesão Interna
Se você está funcionado a partir do nível de consciência de coesão interna, o que lhe faz feliz é satisfazer sua necessidade de encontrar significado e propósito na sua vida para além da satisfação das necessidades básicas, de maneira que você tenha um caminho para a expressão de sua paixão e talentos únicos que você sente ser capaz de oferecer ao mundo.

Nível 6: Fazer a diferença
Se você está funcionado a partir do nível de consciência de fazer a diferença, o que lhe faz feliz e alegre é satisfazer sua necessidade de realizar seu senso de propósito realizando contribuições positivas para o mundo ao seu redor, e comprometendo-se em estabelecer conexões empáticas com outros de uma forma colaborativa.

Nível 7: Serviço
Se você está funcionado a partir do nível de consciência do serviço o que lhe faz feliz e alegre é satisfazer sua necessidade de estar à serviço dos outros, ajudando-os a atender suas necessidades de deficiência ou apoiá-los na busca da satisfação de suas necessidades de crescimento.
Nível de felicidade e nível de consciência evoluem no mesmo compasso…
Isto significa que o nível de felicidade ou preenchimento pessoal que você experimenta em um momento específico da sua vida depende do estado de evolução da sua consciência pessoal. Quanto mais você cresce e evolui em termos de consciência, maior será seu potencial de experimentar a realização e consequentemente a plenitude em vida.

Referência: Dalai Lama, em “A Arte da Felicidade: um Manual para a Vida”.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Melancia...













Rolou a melancia
Criança riu
Joga a melancia na água
Olha como flutua com o vento
Ri a criança do brilho na água
Molha o pé na beira do rio
Peixe vem com
O bater dos pés
Ri criança
Do rebolar da melancia
Vem ver a água borbulhar
É um jacaré pegou meu pé
Risos
Não é
É o cachorro lambendo
Querendo brincar com você
Não vai longe anjo
Fica no pé de goiabeira
Mãe não tenho chulé
Risos de criança
Recolhe as fruta
Não é melancia
É uma pêra
Criança ri na inocência
Para ver o passarinho cantar
Na ponta da goiabeira
Vem grito do rio
A melancia sumiu
Risos
Da mordida do tatu
Criança descansa no colo
Dorme como um anjo
Só acorda no raiar do sol

terça-feira, 20 de março de 2012

Pais, ensinem seus filhos a cultivarem a gratidão...

“Uma das principais tarefas dos pais é ajudar seus filhos, desde a primeira infância, a cultivarem a gratidão”.

Esta é uma regra moral e uma necessidade do organismo.

Deus fez tudo perfeito. Com sentimentos nobres (amor, compaixão, carinho, gratidão, etc) a vida humana flui com mais suavidade e mais energia.

Além disso, a gratidão e outros sentimentos nobres são fundamentais para mobilizarem a mente inconsciente e permitirem que conhecimentos e habilidades acumulados ao longo de milhares de anos de vida do espírito possam se expressar.

A gratidão é, portanto, uma forma de estimular a emersão destes conhecimentos e habilidades sob a forma de intuição e vocação, influenciando beneficamente as decisões, os pensamentos e os sentimentos.

A vida com gratidão é uma vida melhor.

segunda-feira, 19 de março de 2012













Os pequenos prazeres cotidianos dependem de aproveitarmos o que já existe e está disponível.

O desejo nos desfoca do presente e não permite que aproveitemos o que somos, onde estamos e nem o que fazemos.

Ou seja, o desejo nos distancia da realidade. A consequência lógica é a diminuição da satisfação e da alegria.

Mais do que isto: o desejo cria tensão psíquica, portanto stress, irritação, tensão, alienação, etc.

O desejo quando focado e de baixa intensidade serve para renovar a vida, dando novas direções e propondo inovações.

Quando o ser humano se transforma numa máquina de desejar, ele se aliena e perde energia. Desperdiça o que já existe, o que é real e presente. Ele se torna reativo.

A solução?

Ao invés de ampliar seus desejos, amplie sua consciência.

Quanto mais imerso no real, no presente e no cultivo do que é nobre, mais ampla se torna a consciência.


A consequência lógica é mais energia, menos stress, mais conhecimento e sabedoria. Aumenta a aprendizagem, pois diminui a confusão mental, a dúvida e a alienação.

Satisfeito e energizado, o ser humano está pronto para enfrentar os desafios da vida.

É uma vida melhor.

domingo, 18 de março de 2012

Dia da Gratidão!





















A gratidão pode surgir de pequenos gestos, de coisas insignificantes que para cada pessoa têm uma relação diferente… podemos sentir isso simplesmente com o fato de sentir o calor do sol tocar no nosso rosto…podemos sentir-nos gratos quando recebemos uma mensagem carinhosa de alguém especial…saber que alguém fez um “sacrifício” por nós sem ser forçado…

A gratidão também pode ser despertada quando relembramos situações que conseguimos superar…quando alcançamos nossos objetivos! Quando temos alguém que confia e acredita em nós. A gratidão pode ser vista como um “valor” em que figuram a honestidade, a gentileza, o respeito, o companheirismo. Os “valores” são tudo aquilo em que acreditamos e nos fazem agir da maneira como agimos….e a gratidão é um valor que nos ensina a ver certos momentos de outra maneira.

Ao sentirmos gratidão e ao termos esse valor na nossa vida, faz-nos ter um interesse maior por tudo que nos cerca, fazendo com que nos entreguemos mais à “vida”, à felicidade, sem nos apegarmos a certas “mesquinhezes” do dia-a-dia. Ao estarmos gratos pelo que temos, a vida até nos sorri mais… mas atenção…temos que estar gratos, de coração!!!

Eu estou grata por ter a família que tenho, pais e irmãs de coração!Estou grato pela saúde que tenho pois sei que há pessoas em pior estado. Estou grato por ter uma pessoa especial a meu lado que gosta de mim como sou. Estou grato por estar confortável e ter um teto. Estou grato pelas amizades dos verdadeiros amigos. Estou grato por acordar todos os dias. Estou grato por ter forças e coragem para mudar… estou grato por estar vivo!!!

sábado, 17 de março de 2012

Amigo Fiél

















Haja o que houver
Lá sempre ele estará
A noite ou ao amanhecer
Fiel ele o acompanhará


Nos momentos difíceis
Quando ninguém sobra
Sumiram os seis
Mas ele ao seu lado não se dobra


Nas alegrias
Pula com você
No maior zambelê
Nas maiores comedorias


Ele é e será sempre seu melhor amigo
Fiel em tudo
Está e estará sempre consigo
Mesmo as vezes raivudo


Esta poesia é uma homenagem a aquele que está sempre comigo
Conosco contigo
Esta poesia é uma homenagem ao cão
Nosso mais fiel amigo!

sexta-feira, 16 de março de 2012

Amanhã serei feliz...

















Amanhã serei feliz
Quando minhas dívidas pagarei
Amanhã serei feliz
Quando mais dinheiro ganharei

Mês que vem serei feliz
Quando terei mais tempo
Mês que vem serei feliz
Quando viajarei livre como vento

No próximo ano a felicidade irá chegar
Quando minha alma gêmea aparecer
E em seus braços eu me aconchegar

Agora já é tarde e irei morrer
Nunca vi a felicidade chegar
Mas serei feliz
Quando no céu eu for morar.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Sol e lua

“Hoje eu sou sua”
Sussurrou em meu ouvido
Ao tocar sua pele nua
Foram momentos de intenso amor
Verdadeiro encontro de sol e lua

Diante da despedida
A realidade mostrou-se crua
E a saudade dilacerou os corações
Como a ponta de uma pua

Distante, agora a pergunta:
Quando novamente minha rua
Machucada pelo tempo
Irá reencontrar a tua?
Só de pensar nesse dia
Minha pele arrepia e sua

O mundo contemplará a união dos amantes
E eu voltarei a acariciar sua pele nua
O tempo irá parar diante do beijo quente
Dia e noite, enfim juntos: sol e lua

Alex Dahlke

quarta-feira, 14 de março de 2012

Ainda há tempo...

Ainda há tempo para fazer
O que você sempre quis ter feito
Visitar aquele lindo lugar
Vestir-se do seu jeito

Namorar à luz do luar
Tomar um banho de chuva
Andar pela orla ou aprender a nadar

Ainda há tempo para ajudar
Doe àquele que vive a ermo
Um instante, um sorriso, uma palavra
Lembre da criança, do idoso, do enfermo

Para você, deixe a noite passar
Ouvindo as ondas quebrando
E sentindo a brisa do mar

Ainda há tempo para cedo acordar
Só para ver o sol a nascer
Tomar, sem pressa, um farto café
Com o que quiser comer

Ser você mesmo
Dizer “eu te amo”
Sorrir e gritar a esmo

Ainda há tempo para perdoar
Esquecer as diferenças
Rever os velhos amigos
Entender as suas crenças

Beijar com emoção
Dançar uma boa música
Cantar a sua canção

Ainda há tempo se você quiser
Vá agora, siga em frente
Peça perdão, sorria e beije
Viva o hoje, que é teu presente

Determine-se a ser feliz
Você ainda tem tempo
De ser o que sempre quis

Alex Dahlke

terça-feira, 13 de março de 2012

Ponto, Virgula e Exclamação...















Quando deveras....
Vier a assoprar do Sul
Os ventos chuvosos do coração,
Esteja preparada!
E discirna o que tarda em vir...

Importa porem, formosa guria
Que estejas no lugar certo!
E com o mesmo fortificado
Pois tormentas sempre hão de nos
Sobrevoar, lentamente...

Ponto, virgula, exclamação,
Excluir, cancelar, salvar,
Entretanto....

Corvos sempre sobrevoam plantações ao ocidente!!!

Por isso que......
Peço diariamente à papai do céu
Para dar -te tudo que fizer -te -a feliz !

Pois...
Quem sabe um dia será você
Que trará este tesouro
Que já é meu...

No jardim do teu sonhar
Recreio o meu coração...
Se você não consegue ver
Saiba,

Estou aqui!!!

Queria acordar de manhã ao som de tua voz
Sentir o calor do teu corpo
Ser o seu protetor....

Para que quando do Sul, ele se manifestar
Pois..... não se engane!
Ele haverá de vir!!!

Então viria eu!!!
O mais rápido possível...
E....
Pôr -lo -i -a de encontro ao meu peito
E te proporcionaria afagos carinhosos.....

E se bastante isso não for,
Formosa guria !

Talvez...
Um auto sacrifício!

(Ao qual nós dois sabemos)

Para que!!!
Só assim de vez....

Haverá a possibilidade,
De afastar do Sul
Os ventos chuvosos
Do coração.

Amar talvez seja isso... Descobrir o que o outro fala mesmo quando ele não diz.

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MINAS, Brazil
"Compreendi que VIVER é ser LIVRE... Que ter amigos é necessário... Que lutar é manter-se vivo. Apreendi que O TEMPO CURA... Que MAGOA PASSA... Que DECEPÇÃO NÃO MATA. Que hoje é reflexo de ontem... Que os VERDADEIROS amigos permanecem... Que os FALSOS, graças a Deus VÃO EMBORA... Que DOR FORTALECE. Aprendi que sonhar NÃO é fantasiar... Que a beleza não está no que vemos, e sim no que sentimos. Que o segredo da vida é VIVER."

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