et deponens eum envolvit sindone...
S. Marc., XV, 46

O teu nome, Senhora, é a estrela da alva
Que entre alfombras de nuvens irradia:
Salmo de amor, canto de alívio, e salva
De palmas a saudar a luz do dia...
Pela primeira vez, quando a veste alva
A mão do Sacerdote me vestia,
Ouvi-o: e na hora batismal, oh! salva
A alma que o santo nome repetia...
Foram-se os anos... e sonho que me segue
A doçura infinita dos teus olhos
Que me dão luzes para que eu não cegue:
Doce clarão de estrela em fins da tarde,
Que há de encontrar-me trêmulo, de giolhos,
Com remorsos de te adorar tão tarde...
IV
E recebeste-O nos teus braços. Vinha
Do alto do Lenho onde estivera exposto
Ao ímpio olhar, tão ímpio! da mesquinha
Multidão que insultava o santo Rosto...
Sangue o Peito suavíssimo continha,
Num resplendor de raios de sol posto...
Oh! Vinha do Senhor, excelsa Vinha
Em cachos siderais de etéreo mosto!
Sangue que se derrama em ondas, sangue
Que para a salvação dos homens, corre
Purpureamente brando, e O deixa exangue...
E que correndo como então corria,
Por toda a eternidade nos socorre
No mistério eternal da Eucaristia...
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