Ubi crucifixerunt eum, et cum eo alios duos
hinc et hinc, medium autem Iesum.
S. Joan., XIX, 18
II
E tu, Senhora, cujo olhar tranquilo
De nuvens brancas a minha Alma veste,
Olhar sublime que foi tudo aquilo
Que no Céu encontrei de mais celeste:
Tu, ermida sagrada onde me exilo,
Longe da fome, e sede, e guerra, e peste,
A mostrar-me no Céu, para segui-lo,
Todo o luar da esperança que me deste:
Mãe dolorosa! num momento incerto
Virás abrir-me os rútilos sacrários
De tua Alma que está de Deus tão perto...
Virás, talvez, e então, por certo, as minhas
Mãos de sombra debulharão rosários
Para a maior de todas as Rainhas...
III
De mim piedade vós tereis. Bem ledes
Que espero o que jamais me será dado...
Mas a minha Alma é um templo sem paredes
Em que penetra o sol de cada lado.
Com os vossos olhos sinto que vós vedes
A desgraça em que vivo encastelado...
Oh as sedes siderais! Eternas sedes
Suavizadas no mundo constelado.
Mas com que amor cheio de unção e glória
Convosco chorarei as vossas Dores
Na outra vida e na vida transitória...
E possa eu ver-vos, na hora das Trindades,
Tendo aos pés, em etéreos resplendores,
Tronos, Dominações e Potestades...
IV
Pois sede teve o vosso Filho na hora
Em que Vós, e Elas, a seus Pés vos vistes,
Certo coroadas por suprema aurora,
Mas todas três tão pálidas, tão tristes...
O seu Olhar, cheio de dor, não chora,
Resignado ante as Dores que sentistes,
Vós, torre de marfim, santa Senhora,
Alma que em pranto astral vos diluístes!
E então secos os Lábios, a Garganta
Em fogo, é o instante do cruel martírio:
"Sede"! geme-lhe a Voz que se quebranta.
Na ponta de uma lança ergue-se a Esponja:
Mais se enlanguesce a vossa cor de lírio,
E esse perfil que predizia a monja...
"Semeia, semeia sempre, em todo terreno, em todo tempo, em todo lugar a boa semente. Com amor e interesse: como se estivesse semeando o próprio coração."
quinta-feira, 29 de março de 2012
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- "Cada dia é preciso realizar um pouco mais do que se deve." (Frei Anselmo) Essa página e para partilharmos poemas, fotos, histórias e lembranças. As histórias e lembranças aqui postadas nos mostra que dia após dia, hora após hora, minuto após minuto estamos escrevendo a nossa história. Escrevemos nossa história no coração das pessoas com as quais nos relacionamos, com as pessoas da nossa família, da vizinhança, com as pessoas amigas e companheiras de caminhada. Escrevemos nossa história nos lugares onde vivemos. Deixamos nossas marcas nas árvores que plantamos, nas casas onde estivemos, ali fica registrada a nossa história. De uma maneira ou de outra, sabemos que nossa história fica escrita. Mas fica uma questão: que tipo de história estamos escrevendo? Meu desejo aqui e escrever uma historia bonita. “uma história que ajude os outros a escrever a própria história.” Guilherme Santos
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