Às vezes, a gente tem a palavra.
Às vezes, o verbo.
Às vezes, o afeto.
Às vezes, apenas o instrumento.
Às vezes, o cheiro.
Às vezes, o som.
Muitas vezes, o silêncio.
E aí a gente percebe que não tinha nada.
Só a porta.
E quando a gente acha que o silêncio é bom.
Vem um maior.
Sim, silêncio maior.
Daquele até sem o barulho da respiração.
Este não é especialmente ruim.
É diferente.
Quase sufocante.
Sem som.
Sem gente.
Só eu.