De nortuna e induzível ansiedade,
É que ouvi teu olhar de piedade,
E (Mais que piedade) de tristeza.
Não era o vulgar brilho da beleza,
Nem o ardor banal da mocidade,
Era outra luz, era outra suavidade,
Que até nem sei se as há na natureza...
Um místico sofrer... uma ventura,
Feita só do perdão, só da ternura,
E da paz de nossa hora derradeira...
Óh, visão trisde e piedade!
Fita-me assim calada, assim chorosa,
E deixa-me sonhar a vida inteirar!
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