
Comprometer-se é ousar. Exige tenacidade. Acontece na continuidade. O compromisso não sobrevive na pessoa desprovida de esperança. Comprometer-se hoje, e desistir amanhã, é veleidade. O compromisso é criador. Quem se compromete sempre se realiza e promove realizações. O compromisso exige o “amor criativo” por aquilo que se assume. Compromisso exige duas companhias fundamentais: comunhão e participação. É precisa conjugar os verbos “estar” e “ser” junto com os outros e com aquilo que se assume. O compromisso projeta a pessoa para algo novo, que ainda não foi realizado. O compromisso assumido, muitas vezes, pode ter um sabor amargo pelas dificuldades que se apresentam, mas ele não poderá ser rejeitado. Quem se compromete se predispõem a viver com mais alegria. O risco assumido precisa ser entendido como possibilidade de realização. Assumir um compromisso é abraçar prioridades. Assume-se porque se opta por um valor de grande significado. Quem tem consciência amadurecida não irá comprometer-se com mesquinharias. O compromisso revela a escala de valores que são adotados pelas pessoas.
O medo de comprometer-se é, no fundo, o medo de revelar-se. Pelo compromisso assumido, a pessoa revela quem ela é, de que lado está, a quem oferece apoio, rejeita, no que acredita, o que valoriza. No compromisso assumido uma pessoa permite-se conhecer e ser conhecida.
Quem sabe é chegada a hora de cada um se comprometer com uma causa nobre e justa. Os constantes desafios e os grandes riscos são companhias inseparáveis de quem ousa se comprometer. Mas, o que será da vida sem a ousadia de se comprometer por aquilo que dignifica a vida da pessoa, e devolve a esperança ao mundo?
Éderson Iarochevski
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