Meu livro de fantasmas
Sobreviveu! Relembro o que ninguém esqueceu
Loucas letras... Pintadas de côr do céu.
Eu só!
Em grandes gemidos
Envergonhados.
Carpitando
Como uma réu
Julgada sem um perdão.
Jamais esquecerei até ao fim
Dos tempos imputados em mim
A grande sobrevivente
De causas inocentes.
Em grande explosão
Ouço em alta voz
O meu coração.
Julgarão que parto
À aventura do furacão despeitado
Que num sopro de ar negou os restos
À destruição...
Do meu humilhado ser.
Pintura: Adolfo Payés
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